tag:blogger.com,1999:blog-8422641342595390592024-02-20T00:44:25.757-08:00Trabalhos AcadêmicosEspaço destinado a publicar os trabalhos acadêmicos dos alunos do curso de História da UFPI - Picos.
Blog Editado por Nilvon BatistaTrabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-71470321701623634722011-06-08T12:47:00.000-07:002011-06-08T12:47:05.633-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><object height="266" id="BLOG_video-FAILED-0" class="BLOG_video_class" contentid="FAILED" width="320"></object></div>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-30327964000153740442011-04-19T06:18:00.003-07:002011-04-19T06:18:19.068-07:00ANÁLISE DAS REPRESENTAÇÕES INDIGENAS NO LIVRO DIDÁTICOAntonia Claudia de C. Rocha<br />
Nilvon Batista Brito *<br />
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A análise das representações indígenas no livro didático foi feita mediante a leitura do livro de Historia da 3ª serie (4º ano) do Ensino Fundamental, que faz parte do Projeto Pitanguá da Editora Moderna. Conforme a organização do livro apresentada no sumario, o conteúdo esta distribuído em 3 blocos , com 3 unidades em cada bloco, cujos primeiras referências aos indígenas aparecem no Bloco 1, unidade 1 intitulada “A contribuição portuguesa”, onde apontando para a intenção dos portugueses de explorar o território brasileiro, surge a necessidade de muitos trabalhadores (escravos) e de acordo com o texto “as primeiras vitimas foram os donos da terra: os povos indígenas”(p.11)<br />
É importante ressaltar que, na unidade 1 (bloco 1) do referido livro tem um sub-tópico chamado “as três primeiras influência que atesta para a contribuição dos indígenas, portugueses e africanos na formação do povo brasileiro. Essa idéia segundo o texto “Índios: passado, presente e futuro” é freqüente, nos manuais de história e acompanha uma valorização na nacionalidade que surgiu da diversidade.<br />
No entanto, o livro em analise trata sobre os índios de forma mais especifica na unidade 2 (bloco I), intitulada “Os índios chegaram primeiro”, com base nesse titulo podemos perceber que os autores do livro defendem os povos indígenas como os primeiros habitantes do Brasil, idéia reformada no seguinte trecho: “milhares de anos antes de os portugueses chegarem a essa terras, os antepassados dos povos indígenas já viviam aqui”. (p.27)<br />
Seguindo a analise das representações indígenas do livro em questão, observamos trechos onde há uma presença da visão do colonizador europeu, a seguir:<br />
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“Quando os Portugueses chegaram ao Brasil em 1500, cerca de 5 milhões de indígenas habitavam o território. O primeiro contato dos portugueses foi feito com os povos tupis. Alem do trabalho dos arqueólogos, os relatos feitos por portugueses e por outros europeus que estiveram nas terras brasileiras há centenas de anos também nos ajudam a conhecer um pouco da vida dos antigos tupis”(p.28)<br />
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Diante desse trecho percebemos que relatos de portugueses e outros europeus são indicados como fontes para conhecer os tupis, grupos este que segundo o texto “foram os primeiros povos encontrados pelos portugueses. Outra informação importante no livro analisado e sob o ponto de vista de relatos de colonizadores e viajantes é apresentação dos tupis como canibais (antropófagos), segundo esses relatos: <br />
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“os tupis eram povos guerreiros. De acordo com relatos de colonizadores e de viajantes como o alemão Hans Staden, os tupis não faziam guerras para conquistar terras ou para se apossar dos bens dos adversários. O objetivo da guerra era capturar inimigos para executá-los e comê-los, vingando assim a morte dos antepassados” (p.30)<br />
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Vendo essa passagem cabe fazermos uma pergunta: será que o objetivo da guerra para o povo tupi era somente capturar inimigos para matá-los e depois comê-los? Ainda se tratando das representações indígenas, o manual em analise mostra também dentro da unidade 2 “a historia do Brasil vista pelos indígenas, mas atesta para a luta desses povos para manter suas tradições e suas terras nos dias atuais. Ainda destaca a existência de diversos grupos que numa perspectivas de sobrevivência conseguiram se recuperar e a população voltou a crescer, tem como exemplo o povo Krenak, Quarup, Ianomami, Juma, Pataxó, Xavante, Caiapó, etc.<br />
Feita a analise, entendemos que o texto sobre a historia dos povos indígenas foi construída entre contradições, pois mesmo não delimitando a história desses povos ao passado e apresentando-a nos dias atuais, a maioria das fontes consideradas na construção dessa historia são européias (relatos de viajantes) e o ponto de vista dos colonizadores. Portanto, podemos entender que apesar das mudanças que aconteceram nos últimos anos a respeito de como tratar e ver a historia indígena, a análise que realizamos nos propiciou também a visão de que o caráter dos textos sobre os povos indígenas é informativo sem muitas vezes inferir sem muitas vezes inferir qualquer intenção de critica ou reflexão sobre esse assunto.<br />
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BIBLIOGRAFIA:<br />
Projeto Pintanguá: História/organizadora – Editora Moderna; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela editora moderna, editora responsável Maria Raquel Apolinário. – 1.ed – São Paulo, 2005.<br />
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Texto; Índios: passado, presente e futuro. Luis Donisete Benzi Grupioni Mari – Grupo de Educação Indígena/USP – Disponível em WWW.forumeja.org.brTrabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-6324387219135951442011-04-19T06:13:00.001-07:002011-04-19T06:13:50.929-07:00DISCUSSÃO SOBRE A HISTORIOGRAFIA PIAUIENSE<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">E AS ABORDAGENS PARA A ESCRITA DE UMA HISTORIA INDIGENA NO PIAUI</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 354pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 354pt;"><span style="color: black;">Antonia Claudia de C. Rocha</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 354pt;"><span style="color: black;">Nilvon Batista Brito *</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na historiografia piauiense<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>podemos encontrar diversas abordagens sobre a historia indígena dentre elas destacaremos a visão de aulguns autores como Joina Borges que defende a tese da ocupação do Piauí pelos povos tremembes teria se dado pelo litoral, enquanto João Renor atesta para o processo de resistência indígena<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no período colonial diante das guerras empreendidas pelos colonizadores e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na abordagem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da professora doutora Claudete Dias o processo de povoamento do território piauiense causou despovoamento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>das populações nativas (indígenas).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 12pt; text-align: justify;"><span style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="color: black;">Na analise sobre a história dos primeiros habitantes do Piauí Borges (2004) afirma ser necessário olhar a história por outro viés que não o da história tradicional, essa enxerga o povoamento das Américas sobre a perspectiva do colonizador, que expele o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>índio para fora da narrativa. O<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>próprio termo pré-história, inventado para designar o período anterior a invenção da escrita, período considerado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de barbárie, é um termo, segundo a autora, discriminatório que confirma a exclusão do índio como sujeito histórico. Para a autora o entendimento do processo de povoação do Piauí só seria possível em sua plenitude a partir do entendimento de um novo conceito de historia superando uma concepção de historia positivista onde a verdade dos fatos por meios incondicionais de documentos escritos faz crer que a historia é uma ciência que estudo essencialmente o passado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para a construção da narrativa de uma historia sem exclusão, autora afirma ser necessário desconstruir esse termo preconceituoso. Para a construção da narrativa dos primeiros povos que habitaram o Piauí a autora se apoiará no entendimento de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Marc Bloch sobre a história: “a história é a ciência do homem no tempo” e não do homem que tem escrita. Dentro dessa perspectiva da nova história<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>todos os vestígios do homem no tempo são considerados um documento: pinturas rupestres; restos de alimentos, de cerâmica, de habitação,corpos, etc.A polarização do tempo, onde de um lado estar o homem que não tem escrita<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e do outro o homem com escrita<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vai legitimar a conquista e domínio dos povos ditos “primitivos”, pois<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o outro sem escrita é interpretado como se a sua memória necessitasse de uma decifração, algo que tornasse inteligível ao portador da verdade. </span><span style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 150%;">_</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 150%;">________________</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 150%;">Acadêmicos do 8º Período do curso de historia da UFPI-PI</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black;">O conhecimento histórico ao longo do tempo se deu por meio da observação dos sinais materiais da vida do homem nas suas atividades em busca da sobrevivência, quer seja o conhecimento do senso comum como também no campo da ciência o distanciamento da cultura popular, ligado a tradição oral e indiciaria, da cultura mais abastadas acontece no momento em que a segunda classe busca diferenciar-se para conseguir privilégios em relação a primeira. A metodologia, baseada na objetividade e neutralidade provinda da verdade que vem dos documentos escritos é o que estabelecerá a diferença.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim a historia ao abandonar a busca<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do saber<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pelos métodos investigativos por meios de vestígios se entrega a cientificidade dos documentos científicos para se igualar as demais ciências naturais se distancia do seu objeto principal: o homem que “ama,sente,deseja,ou seja,vive,para se ocupar do homem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>racional, que produz eventos no tempo.”</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black;">Para o historiador e a produção histórica, sobre um outro aspecto que não o da historia tradicional,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é necessário ter imaginação para ler os fragmentos deixados pelo homem em “paredes de pedras, em pirâmides,em sítios arqueológicos, nesses locais estão grafados a vida do homem em todos os seus aspectos racional e sentimental ler esses vestígios, que se constituem documentos, é fazer história.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Dentro desse entendimento, um sitio arqueológico constitui um local repleto de indícios para o fazer historiográfico de acordo com a Nova Historia. O sitio seu bode no litoral piauiense estão expostos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vestígios da vivencia dos primeiros habitantes do litoral piauiense cabe ao historiador observar,analisar e decifrar o emaranhado de fragmentos ali expostos. Pois ali estão os sinais da existência do homem e para a história interessa a vida do homem em qualquer estado de existência.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De acordo com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a observação de Borges a historia do povoamento da America aparece sempre nos livros didáticos e nas disciplinas das universidades como um apêndice preliminar , sempre fazendo parte de um período chamado de pré-história. Discute-se como o continente foi povoado, como chegou até aqui os primeiros povos etc. no entanto no momento em que entra em cena o colonizador a historia dos americanos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>perde seu foco. Os mitos americanos não têm lugar nos livros escolares em seu lugar os mitos europeus ocupam todo o espaço. Mesmo reconhecendo que a colonização prejudicava os povos americanos os livros colocam como um mal necessário.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Quando e por onde chegaram os povoadores da América é ainda incerto, apesar de várias teorias discutirem o assunto. Sabe-se que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homo sapiens </i>saiu de seu berço na áfrica para povoar o mundo. Esses povos viviam<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da caça, coleta de vegetais e pesca o que lhes permitiam sobreviver em meios hostis e possibilitava a aventura do deslocamento sem a preocupação da alimentação, dessa maneira foram se movimentando em direção ao sul provavelmente fugindo do frio durante a era glacial em busca de ambientes mais quentes. Talvez se os mitos dos povos americanos não tivessem sidos silenciados em detrimento dos mitos europeus fosse mais fácil a compreensão da diáspora do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">homo sapiens.</i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></i><span style="color: black;">As várias teorias sobre a penetração do homem no continente americano não dão conta de explicar com precisão quando nem como se deu essa penetração. Algumas falam que se deu pelo mar enquanto outros que se deu por terra. Para Niède Guidon esse processo se deu de forma lenta e gradual<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>por diversas vias, contradizendo a teoria que aponta o estreito de Bering como local de penetração do homem no continente americano. O indicio da teoria de Guidon são os vestígios encontrados na Serra da Capivara em São Raimundo Nonato: fragmentos de uma fogueira datada de mais de 50 mil anos e os parasitos intestinais encontrados em fezes humanas fossilizadas datada de 7 mil anos de idade o que torna a exclusividade da via de Bering impossível já que os parasitos não suportariam as temperaturas geladas da Sibéria e do Alasca.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black;">No entendimento de Borges é possível que o litoral do Piauí tenha sido uma porta de entrada dos primeiros povoadores da America do sul, embora não exista evidencia para essa hipótese. No entanto no litoral do Piauí foram encontrados vários sítios arqueológicos com inúmeros vestígios na superfície das praias e próximos as dunas. Segundo a autora o entendimento da ocupação humana no Piauí passa por esses sítios. As grandes perguntas são: por onde, quando e quantos chegaram e as respostas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estão nas marcas que deixaram nas paredes de pedras e dos vestígios materiais encontrados no solo.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>As tribos que constituíam a nação tremembé habitavam a costa norte do Brasil e mantinham uma relação ora amistosa ora em guerra com os portugueses. Conforme Borges não entender essa relação de parceria entre portugueses e índios é vê-los como coitados enganados (vitimas) pelos colonizadores, dessa forma, os índios deixam de ser sujeitos históricos. A alternância de ânimos entre índios e brancos vai indicar que essa relação atendia a interesses mútuos, assim o índio também faz história, impondo seus interesses dentro da dialética do comércio. O interesse do índio não é analisado dentro da historiografia, pois o mesmo não está no epicentro da colonização. Da mesma forma, a ocupação do interior do Piauí por parte dos brancos, é visto pela historiografia tradicional como parte do processo de expansão da pecuária, qualquer incursão ou mesmo habitação antes desse período tem um significado nulo no processo histórico de povoamento do Piauí.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A pergunta que a autora faz é se esse significado também é nulo pra os Tremembés. Os habitantes do Seu Bode ficaram tranqüilos com as visitas dos brancos que aconteciam periodicamente naquele litoral?</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O ponto de partida da pesquisa de Borges para responder essa e outras perguntas que envolvem o assunto não é o ontem e sim o hoje “o que ele interfere na percepção do ontem [...]”, para isso a pesquisadora vai observar o sitio seu bode e realizar uma descrição densa do ambiente e dos objetos encontrados no local.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um dos aspectos analisado é a presença constante de moluscos em todo o sitio provavelmente resultado da atividade alimentar dos grupos que ali residiram. Contudo, a autora observa, existe uma limitação do lugar atual pelo fato do mesmo estar bastante modificado o que impede uma maior compreensão do espaço do passado, agravado pela falta de documento. O que deixa a narrativa do cotidiano dos povos primeiros muda, embora Se possam vislumbrar ecos do cotidiano de um povoamento Tremembé no sitio Seu Bode. A hipótese da autora é apoiada na comparação de objetos confirmadamente Tremembé com os artefatos cerâmicos encontrados no sitio Seu Bode.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em relação ao <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estudo de João Renor de Carvalho, denominado “Resistência indígena no Piauí 1718-<metricconverter productid="1774”" w:st="on">1774”</metricconverter>, a discussão é <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre as origens e a trajetória de resistência das nações indígenas no Piauí, desde a chegada dos imigrantes tupis trazidos pelos fenícios até o início da colonização territorial. Dentro deste contexto e procurando apresentar as diferentes visões sobre os primitivos habitantes do Piauí, João Renor busca embasamento na tese de Ludovico Schwennhagen, filólogo alemão que aponta para a existência de um império colonial fenício no nordeste do Brasil, tendo Piracuruca como centro administrativo deste império e Sete cidades como um centro nacional, político e religioso de uma confederação de povos tupis, totalizando sete povos, sob domínio dos fenícios.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Já na visão de arqueólogos como Paul Thiry e Philippe Aziz, apresentados no texto de João Renor (2008, p.24) “corroboram a tese de que os primitivos habitantes do Brasil fundiram-se com imigrantes procedentes de povos mediterrâneos em épocas muito remotas”. Considerando as informações apresentadas, Renor destaca o século XVIII e o período de governo do capitão-general João da Maya Gama, como o foco do seu estudo que segundo o autor, compreende o período em que o Piauí esteve sob a administração dos governadores do Maranhão e posterior jurisdição. Ressaltando o governo de Maya da Gama como representante da transição histórica da solução de conflitos com os indígenas do Maranhão, do Pará e do Piauí, embora conforme o autor “os problemas sofreram uma interrupção temporária e persistem até hoje.” (CARVALHO,2008 p.26)</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De acordo com a pesquisa em documentos arquivísticos, João Renor analisa alguns acontecimentos que estão na origem dos conflitos entre comunidades de origem européia e seus descendentes ou prepostos e as comunidades nativas que secularmente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ocupavam a região , que se tornou Capitania Colonial do Piauí durante a vigência do domínio português no Brasil.Um desses acontecimentos foi a determinação do Rei em 13 de março de 1702, que passava as fazendas de gado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e os moradores da Freguesia de Nossa Senhora da Vitória do Piauí para serem vinculados ao governo do Estado do Maranhão, desvinculando essa área da Capitania.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Atestado para o interesse que a coroa</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_i1025" style="height: 392.25pt; width: 447.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.emz"></imagedata></shape></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na abordagem da Pofª Drª. Claudete Maria Miranda Dias, a historiografia tradicional mostra o Piauí como um espaço que foi descoberto, desbravado e conquistado pelos colonizadores, uma versão que privilegia a visão do colonizador europeu. De acordo com a autora, deve-se considerar a visão do nativo, pois com base em dados da pré-história, o Piauí já era povoado antes da chegada dos supostos “colonizadores”. Contudo, o que os colonizadores chamavam de povoamento, pode ser entendido como despovoamento das populações nativas, uma vez que o processo de ocupação das terras piauienses teve como foco a destruição dos povos indígenas, população esta que já ocupava o solo piauiense antes dos bandeirantes /desbravadores chegarem.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Diante disso, o processo de conquista /ocupação das terras do Piauí gerou dentre outros conflitos, a luta pelo domínio da Terra. Para os nativos o espaço estava sendo invadido e era preciso defendê-lo, para os colonizadores era a descoberta de novas terras que deveriam ser conquistadas e ocupadas. Tal conflito dizimou grande parte da população nativa.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Concluímos portanto que os autores em debate tem alem da temática comum (historia indígena), opiniões<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que se relacionam intimamente, como a defesa do ponto de vista do indígena feita por Joina e Claudete dentro do processo de escrita da historia. Enquanto Renôr ressalta que apesar dos processo de luta empreendido contra os indígenas é importante entendermos que houve um processo de resistência desses povos diante desses conflitos possibilitando o estudo desses grupos nos dias atuais.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;">Referencias:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;">BORGES, Joína. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Historia Negada: </b>em Busca de Novos Caminhos<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">.</b>Teresina: FUNDAPI,2004</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;">CARVALHO,João Renôr F. de. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Resistência Indígena no Piauí Colonial</b>. Imperatriz,MA: gráfica Brasil,2008</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;">DIAS, Claudete Maria Miranda.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-16638840091373627252011-04-19T06:11:00.001-07:002011-04-19T06:11:43.807-07:00PRODUÇÃO HISTRIOGRÁFICA SOBRE EDUCAÇÃO NO SÉCULO XX:<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><span style="font-family: Calibri;"> Abordagens para a escrita de uma História da Educação no Piauí.</span><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=842264134259539059#_ftn1" name="_ftnref1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span></span></span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Antônia Cláudia de Carvalho Rocha</span><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=842264134259539059#_ftn2" name="_ftnref2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri", "sans-serif"; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[2]</span></span></span></span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><a href="mailto:claudiaaccr@hotmail.com"><span style="font-family: Calibri;">claudiaaccr@hotmail.com</span></a><span style="font-family: Calibri;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">RESUMO: Este trabalho trata-se de um levantamento da produção historiográfica sobre o tema educação no decorrer do século XX no Brasil, tem como objetivo principal apontar algumas abordagens construídas sobre o referido tema no estado do Piauí. O estudo foi feito a partir de uma pesquisa bibliográfica, procurando contextualizar o processo de escrita de autores piauienses com algumas discussões existentes na historiografia educacional brasileira ressaltando suas obras e respectivas temáticas para entendermos a relação que eles estabelecem entre História e Educação.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">PALAVRAS – CHAVE: História, Educação, Piauí.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A discussão em torno da produção historiográfica sobre educação no Brasil, pressupõe diversas abordagens dentre as quais Maria M. C. de Carvalho no estudo sobre a configuração educacional brasileira aponta a obra <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A cultura brasileira</b> de Fernando de Azevedo como uma leitura interessante que deve ser feita “atentando para as estratégias textuais do autor visando a compatibilizar o atendimento à encomenda e a autonomia do seu trabalho intelectual” (CARVALHO, 2005, p.334). Ao analisar a A <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">cultura brasileira</b>, a referida autora nos informa que esta obra “constrói dois domínios apartados de investigação: o das idéias e projetos pedagógicos e o da história dos sistemas de ensino” (CARVALHO, 2005, p.343). Partindo desse debate, Carvalho destaca a referida obra como norteadora da pesquisa em História da Educação e que se constitui:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[...]como um modo de narrar que se propõe como<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>regra de narração para outros textos, prescrevendo não somente as regras de configuração do objeto pelo seu enquadramento em uma das séries referidas como também o modo de relacioná-las no espaço narrativo das explicações sobre o seu descompasso. Falando do lugar de produção das políticas que pedagógica e juridicamente instituem o sistema de ensino -o Estado -, a voz do narrador de A cultura brasileira pode ser ouvida, ainda hoje, nas seleções de períodos e de temas de estudo, nos padrões descritivos e explicativos e nas periodizações que configuram o objeto da investigação e o modo de narrá-lo. É no mínimo intrigante a correspondência entre esse padrão que se institui modelarmente na narrativa de Azevedo e o que se institui na produção historiográfica sobre educação. (CARVALHO, 2005, P.343)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Porém há outras abordagens sobre o processo de escrita da História da Educação no Brasil, como a idéia de progresso educacional no século XX, defendida por Frederick Eby (1976, p.608) que atesta para o reconhecimento de poder da educação, que de um lado, levou os governos autocráticos a empregar a escola para perpetuar o controle totalitário das massas, mas por outro, conduziu ao esclarecimento dos votantes com relação a seus direitos e a como governar com inteligência. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Além disso, podemos destacar também a procura de Autenticidade idéia proposta por José Antônio Tobias que acredita nessa busca de autenticidade da Educação brasileira a partir dos ideais da Semana de Arte Moderna de 1922 “com seu profundo sentimento de inovação, com seu nítido sentido de originalidade com sua resoluta vontade de criar um Brasil novo e bem brasileiro”. Acredita ainda que este evento tinha propiciado a “explosão de progresso e do ensino brasileiros, e sobretudo, no nascimento da sede e da procura de autenticidade, característica fundamental e fundadora de um novo período da educação brasileira (TOBIAS, 1986, p..310-111)Segundo Tobias, essa procura de autenticidade seria importante porque a partir de então: </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[...] é que a educação brasileira entrou no caminho certo; no caminho de si mesma, tratando agora da coisa real que apesar de muito atrasada a talvez feia, é realidade; não mais estará lidando com fantasmas, com doces sonhos platônicos, com máscaras pintadas. Ouve-se o toque final para a longa a deletéria noite de macaqueação da educação brasileira. (TOBIAS, 1986, p.311)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">As questões apresentadas não podem ser vistas como enquadramento dos autores em uma ou em outra questão, mais podem nortear alguns autores no momento de escrita de seus textos. Diante da delimitação do presente trabalho, destacaremos dentre outros autores piauienses, Alcebíades Costa Filho, Maria do Amparo Borges Ferro e Maria Auveni Barros Vieira, ambos trabalham com o tema educação no estado do Piauí, porém direcionam suas pesquisas sob diferentes pontos de vista que ora se aproximam, ora se distanciam, devido aos diferentes elementos que compõem seus estudos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Em relação à obra de Alcebíades Costa Filho, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A escola do sertão: ensino e sociedade no Piauí, 1850-1889,</b> percebemos que o seu foco é estudar a educação no Piauí na época do Império para isso o autor analisa além da organização social, as formas de ensino do período colonial e aponta para o ensino desenvolvido no Império como um reflexo da educação imposta pelos portugueses desde o início da Colonização. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">[...] pode-se afirmar que a questão do ensino no Brasil está relacionada ao processo de povoamento colonial do território, quando teve inicio o repovoamento da área de conformidade com o modelo de colonização portuguesa. Esse aspecto é de grande importância na história da educação; primeiro porque os colonizadores transplantaram para a região as instituições, sistemas e instrumentos sociais dentre as quais se achava o sistema de ensino. Segundo porque o comportamento do colono, em relação a esses elementos normatizadores da sociedade em formação, resultou em novas formas educacionais adaptáveis aos interesses dos diferentes grupos sociais que se constituíram na área a partir de então. (FILHO, 2006, p.73-74)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">No entanto, conforme o pensamento de Filho (2006) havia uma ineficiência da ação da Metrópole na questão do ensino que não estava limitado à ação oficial onde alguns grupos buscavam alternativas para o ensino. O referido autor nos mostra que no Piauí imperial, embora precárias e inconstantes, existiam escolas instaladas pelo governo, porém diante da descontinuidade em seu funcionamento, a estrutura oficial de ensino teve reduzido alcance social, entre as razões que determinaram esse resultado encontram-se as distâncias entre escolas, localizadas nas cidades e vilas, e a maioria da população localizada nas fazendas; bem como a inadequação da estrutura do sistema de ensino em relação à estrutura socioeconômica do Piauí o que propiciou formas alternativas de ensino que funcionavam no espaço privado.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Sendo assim, Alcebíades Costa Filho (2006, p.89) percebe ao longo do seu estudo que “na gênese do sistema de ensino piauiense, encontram-se as formas alternativas de ensino particular e o sistema de ensino de natureza oficial. Este teve ação reduzida se comparada com as formas alternativas”. Evidenciando, dessa maneira, que as formas alternativas de ensino tiveram maior parcela de responsabilidade na difusão do ensino do que o sistema oficial.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sobre o trabalho a autora Maria do Amparo Borges Ferro, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Educação e Sociedade no Piauí Republicano</b> encontramos uma proposta de estudo voltada para o contexto dos primeiros anos do regime republicano. Porém para chegar a esse contexto a autora apresenta um panorama sócio-educacional da Colônia e do Império, considerando as permanências e rupturas na organização das formas de ensino, principalmente na transição do Império para a Republica, e afirma:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">No Piauí a mudança do regime político de Império para Republica aconteceu sem preparação e foi feita de forma apressada e improvisada [...] pelo distanciamento geográfico e com as dificuldades de comunicação da época, ao que tudo indica, aconteceu semelhante o que ocorreu na capital do país, em que, após a proclamação, o povo saiu às ruas, aparentemente sem entender bem o que tinha acontecido, nem como e sem prever quais os desdobramentos que daí adviriam. (FERRO, 1996, p.79)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Analisando a afirmação mencionada pela autora em debate, entendemos que a mudança de regime político no Piauí, não alterou muito o conteúdo social, segundo Ferro “a Primeira Republica a nível nacional teve a educação caracterizada por reformas, no Piauí também elas se apresentam de forma consecutiva e desconexa” (FERRO 1996, p.87) Com isso, vemos alguns entraves à execução dessas reformas no âmbito educacional como: a influência do poder político sobre a instrução pública e o problema da desvalorização salarial do magistério. Mesmo assim, mediante leis que conduziram as tais reformas, foi possível a construção de prédios para funcionarem escolas estaduais, pois a falta de acomodação para o funcionamento das escolas era um outro problema a afligia a sociedade daquele período.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Dessa forma, constatam-se escolas construídas em Teresina, Picos, Campo Maior, Piripiri, Amarante, Miguel Alves, Barras, Porto Alegre, Piracuruca, Pedro II, Parnaíba, Oeiras, Bom Jesus, Castelo, São Raimundo e Palmeiras. Além da criação da Escola Normal que era apontada como a grande solução para o problema educativo, através da formação de mão-de-obra especializada. A autora acredita ser tal apontamento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“reflexo da ideologia reinante do otimismo pedagógico e do entusiasmo pela educação” (FERRO, 1996, p.104.105). Contudo, apesar de algumas escolas construídas nesse período não terem funcionamento continuo é durante a Primeira Republica que Ferro credita à expansão do ensino primário e a instalação de modo irreversível do ensino secundário concluído que:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">[...] é possível afirmar que o período da Primeira Republica, apesar doa avanços e retrocessos e das dificuldades enfrentadas, pode ser considerado como época em que</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">o ensino formal no Piauí se consolidou de forma definitiva, tanto no setor público,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">como na rede particular.[...](FERRO,1996, p.124)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Em se tratando do estudo da autora Maria Auveni Barros Vieira denominado <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Educação e sociedade picoense: <metricconverter productid="1850 a" w:st="on">1850 a</metricconverter> 1930</b>, encontramos uma recomposição da trajetória educacional de Picos, desde sua emancipação política e administrativa na década de 1850 até o final da Primeira Republica em 1930. Composta de 4 capítulos, a referida obra traz no capítulo I “Noticias histórias sobre a educação e sociedade picoense” onde a autora discute a origem da cidade de Picos, apontando versões sobre quais fazendas teriam dado origem à cidade, afirmando:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Independente do seu curral de origem é possível afirmar que surgimento da povoação de Picos não foi diferente do surgimento de outras povoações piauienses; ou seja, uma comunidade organizada a partir do criatório de gado inicialmente como uma fazenda plantada as margens do rio Guaribas pelo colonizador português, que chegava ao sertão do Nordeste brasileiro, em terras distantes do litoral, onde o poder não estava concentrado nas mãos dos senhores de engenho, mas nas dos senhores criadores de gado.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(VIEIRA, 2005, p.26)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Além de tratar sobre o surgimento do povoamento de Picos, no primeiro capítulo ainda é relatada notícias a respeito da educação formal de Picos. Já no segundo capítulo, a pesquisadora faz um apanhado da evolução político-administrativo de Picos, destacando o crescimento da povoação desde o estatus de Freguesia, passando por Vila até a criação do município em1890 (VIEIRA, 2005, p.31-34). Ela discute também algumas questões sobre o exercício do magistério masculino e feminino em Picos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No terceiro capítulo, é possível observar à descrição de uma rotina, que de acordo com a autora é peculiar as pequenas aglomerações do Sertão do Nordeste brasileiro, onde também se encontrava o município de Picos. Essa rotina está voltada para a agricultura<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e atividades domésticas ,o que aliado a precariedade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e escassez de escolas na região registrava uma baixa freqüência de alunos .Diante da situação a atuação do mestre-escola era uma prática adequada a rotina de trabalho das famílias.(VIEIRA,2005,p.76)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao final do quarto capitulo, Vieira discorre sobre a criação de escolas primárias particulares em Picos, destacando a questão do espaço improvisado até mesmo pra o funcionamento do primeiro grupo escolar denominado Coelho Rodrigues, que só teve sua sede inaugurada em 1933. Nesse contexto a autora conclui:</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Essas informações acerca da Educação picoense em períodos posteriores, porém próximos, a fase da primeira república, levam a crer que as deficiências existentes na Educação do município apontadas no decorrer do trabalho ainda iriam permanecer durante um período extenso como uma das marcas negativas dos índices sociais não só de Picos, mas do Piauí e do Brasil. (VIEIRA, 2005, p.93)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Calibri;">Portanto, considerando as abordagens sobre educação no século XX, discutidas inicialmente e relacionando-as construídas sobre a História da Educação no Piauí, debatidas nesse trabalho, podemos inferir que estes autores construíram suas pesquisas com um ponto comum, pois mesmo trabalhando com recortes temporais diferentes, no caso do Alcebíades C. Filho (império) e da Maria do Amparo B. Ferro (república)ou espaços diferentes,pois Maria Auveni B. Vieira estuda a sociedade picoense , enquanto os demais autores citados estudam o Piauí como um todo, ambos construíram suas pesquisas voltadas para<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a história dos sistemas de ensino sejam eles de natureza oficial/públicos ou privados .</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na busca de reconstruir a realidade da educação nos respectivos espaços e recortes temporais, podemos afirmar o caráter de autenticidade dado pela escolha do objeto de pesquisa desses autores. Quanto a idéia de progresso educacional no século XX, se levarmos em consideração que os pesquisadores piauienses estudam a história dos sistemas de ensino aliada impasses de ordem política, principalmente, cabe nos questionar até onde devemos considerar a idéia de progresso educacional, pois seria a criação desses sistemas de ensino melhorias para a população e estaria desprovida de interesses políticos ou seria manobras para adequar a população aos interesses das elites políticas?</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Referencias bibliográficas</span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">EBY, Frederick<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">. História da Educação Moderna: teoria, organização e práticas educacionais; </b>Tradução de Maria AngelaVinagre de Almeida, Nelly Aleotti Maia, Malvina Cohen Zaide.2.ed.Porto Alegre , Globo, Brasília,INL,1976.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">CARVALHO, Marta Maria Chagas de. A configuração educacional brasileira. IN: </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">FREITAS, Marcos César. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Historiografia brasileira em perspectiva</b> (org.)-6. ed.São Paulo :Contexto , 2005.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">FERRO, Maria do Amparo Borges. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Educação e Sociedade no Piauí Republicano. </b>Teresina, 1996.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">FILHO, Alcebíades Costa. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Escola do Sertão: Ensino e Sociedade no Piauí,1850-1889.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b>Teresina, Fundação Monsenhor Chaves,2006.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">TOBIAS, José Antônio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História da Educação Brasileira</b>. 3. ed.SãoPaulo:Ibrasa,1986.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">VIEIRA, Maria Aveni Barros<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">. Educação e Sociedade Picoense: <metricconverter productid="1850 a" w:st="on">1850 a</metricconverter> 1930.</b>Teresina:EDUFPI,2005</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-outline-level: 3; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt; mso-outline-level: 3; text-align: center;"><br />
</div><div style="mso-element: footnote-list;"><br clear="all" /><hr align="left" size="1" width="33%" /><div id="ftn1" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=842264134259539059#_ftnref1" name="_ftn1" style="mso-footnote-id: ftn1;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[1]</span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"> Artigo apresentado a disciplina “tópicos de Historia do Piaui”, ministrada pela profª Ms. Nilsangena Cardoso lima, como requisito obrigatório para a obtenção da terceira nota da disciplina cursada no período 2010.2</span></div></div><div id="ftn2" style="mso-element: footnote;"><div class="MsoFootnoteText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=842264134259539059#_ftnref2" name="_ftn2" style="mso-footnote-id: ftn2;" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="mso-special-character: footnote;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 10pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">[2]</span></span></span></span></a><span style="font-size: x-small;"> Aluna do 8º Bloco do Curso de História, da Universidade Federal do Piauí, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros.</span></div></div></div>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-16580213280026347472011-04-18T07:19:00.000-07:002011-04-18T07:19:14.510-07:00Resumo dos textos estudados na disciplina ética<span style="font-size: 14pt;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="font-size: small;"> <div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O QUE É A ILUSTRAÇÃO.</b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nilvon Batista de Sousa Brito *</b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A ilustração é o meio pelo qual o homem sai da menoridade, entendendo por menoridade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>não a falta de entendimento, mas “a incapacidade de fazer uso do entendimento”. A busca do entendimento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>depende inteiramente do próprio individuo que deve superar a preguiça e procurar usar seu próprio entendimento.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O autor aponta a preguiça e a covardia como as duas principais razões pela permanência da menoridade em grande parte da humanidade, isso por ser mais cômodo se utilizar do pensamento de outro. No entanto o individuo sem sua autonomia <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>são facilmente manipulados por outros. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A liberdade é fundamental para que ocorra a ilustração e sempre haverá pensadores que disseminarão essa idéia. Por meio da ilustração o homem ganhará<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>autonomia para se posicionar a respeito de tudo sem a necessidade de ser ditado por um monarca, esse deve captar a vontade pública e unir com a sua, formando assim a ordem civil.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">A ecologia é um termo que designa uma área do conhecimento cientifico no campo da biologia. O termo migrou para a área das lutas sociais<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para designar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os movimentos em defesa do meio ambiente.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">Os movimentos ecológicos derivaram-se dos movimentos de contracultura desencadeados nos anos 60/70 nos E.U.A e Europa , <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>esses movimentos questionavam a preponderância<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da sociedade capitalista de consumo. Pregavam a existência de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma sociedade voltada para a natureza, que valorizasse o ser humano em detrimento do materialismo. Nesse sentido sonhava-se com uma sociedade onde fosse possível<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a existência de um estilo de vida alternativo ao contemporâneo tendo uma “visão da natureza como contraponto<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da vida urbana, tecnocrática<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e industrial [...]” (p.48)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assim o ecologismo aparece em um momento utópico e repleno de sentimento de contestação. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">No Brasil, que vivia no período dos anos 70 um regime autoritário, o que possibilitou o início das lutas ecológicas foi “o encontro de dois contextos socioculturais”: a tentativa de se inserir no contexto internacional com as criticas contraculturais e as formas de luta ecológicas européias e americanas, e no contexto interno a recepção dessas idéias “no âmbito da cultura política e dos movimentos sociais.” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Podemos destacar os movimentos populares,da igreja<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da libertação e das Comunidades Eclesiais de Base e os movimentos sociais urbanos como destaque na luta ecológica. Como também a luta dos seringueiros da Amazônia que ganhou dimensão internacional, sob a liderança de Chico Mendes. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">O debate ecológico fez surgir a Educação Ambiental com o objetivo de despertar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no cidadão uma conscientização da responsabilidade de proteger<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o meio ambiente em que vive, sob pena do desaparecimento dos recursos naturais. A EA se tornou objeto de políticas públicas no plano internacional com a realização de conferencias </span><span style="font-size: small;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre o meio ambiente. No Brasil<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a EA estar presente desde<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>1973, mas somente nos anos 80/90<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>se torna mais conhecida. Em 1992 o Fórum Global no Rio de Janeiro define o marco político para o projeto pedagógico da EA.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 18pt; text-align: justify;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">Ética da compaixão e co-responsabilidade.</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: small;">(resumo)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: small;"> </span><br />
<span style="font-size: small;">O texto aponta alguns aspectos do crescimento e da possível inserção social e ecológica do budismo, que tem como representante mundial o Dalai Lama e no Brasil o professor Lama Padma Samten.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">Para o budismo “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a compaixão</b> é fruto de um amplo processo, que começa com a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">percepção do estado da <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mente (em desequilíbrio</b>)” essa situação geraria o sofrimento. Para o Dalai<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lama é o sofrimento que leva o ser humano a buscar a união com o seu semelhante. Todo ser<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>procura evitar o sofrimento e alcançar a felicidade, porem os métodos para essa finalidade são incorretos por não compreender “a profundidade ética da existência <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dos seres em inseparatividade”(p.84). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O homem em geral costuma ter uma visão do universo onde os seres e a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>natural são dissociados,</b> no budismo a visão do universo como um todo é imprescindível.A origem do desequilíbrio ecológico e desintegração social <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é apontado pelo Dali Lama como resultante da insatisfação pessoal do egoísmo,apego e desejo.As desigualdade sociais provenientes do crescimento econômico<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e apego ao material leva o homem a infelicidade. Essa doutrina prega uma atitude de não violência contra a natureza e os seres vivos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">A relação entre<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>religião e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ética ambiental apresenta aspectos frutíferos para a ética ambiental. Por esse termo entende-se um comportamento consciente e de responsabilidade diante da problemática do meio ambiente.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">Para o hinduísmo existe em tudo uma “manifestação <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de um ser interior ou espiritual que dá unidade as diversas divisões e articulações do mundo”(p.89) existe então uma correlação entre a visão de uma mundo ecológico e o pensamento hindu. Sobretudo na compaixão pelos seres vivos e uma harmonia com o meio ambiente.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">No jainismo cada ser (alma) preserva sua própria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>integridade. Existe uma determinação de preservar o menor ser vivo e de compaixão pelos sofrimentos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">A tradição judaico-cristã apresenta uma hierarquia no processo ético-ambiental:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Deus como criador da natureza e o homem como usuário dessa criação. O homem é posto como guardião e protetor da natureza e não como proprietário, segundo João Paulo II, amar os semelhantes implica em preservar os recursos naturais. (p.91) . Para o islamismo o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>homem deve conservar a criação de Allah, pois é um símbolo do seu poder. Assim o islamismo estar de acordo com a ética ambiental.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-size: small;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"></div><span style="font-size: 14pt;"><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">Cristianismo e Ética Ambiental</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: small;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></b><span style="font-size: small;">A<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>relação existente entre cristianismo e natureza é algo complexo que pode ser visto tanto como um efeito positivo e frutífera como antiecológica. Para entender a dualidade dessa relação é necessário recorrer a um olhar histórico da questão.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">Na Idade Media <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a visão <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Teocêntrica de mundo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dava evidência a relação homem-criador, destarte, a natureza era vista como obra divina e impedida de ser<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>transformada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>radicalmente pelo homem. A revolução cientifica afastou a natureza<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Deus<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>transformando essa em <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>matéria dominada pelo homem. Para a fruição dos recursos naturais ao seu bel prazer o homem se fundamentou em passagens bíblicas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sem considerar o seu contexto que apontam para a responsabilidade com os seres. O exemplo de uma “interação de respeito grandioso para com todas as formas de vida” (p.77) <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é a vida de São Francisco de Assim, considerado o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Patrono da Ecologia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>por ter mostrado ao mundo o amor incondicional aos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>seres vivos e a natureza sem distinção,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>exercendo assim “um equilíbrio dinâmico do humano no mundo”(p.79)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;">A conotação antiecológica na tradição judeu-cristã apontado por Leonardo Boff pode ser vista como uma critica a relação cristianismo e ecoética: O <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Patriarcalismo</b>, Deus como pai e senhor absoluto reafirma os valores masculinos na sociedade; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Monoteísmo</b>, o Deus único do cristianismo fechou as janelas para a explicação de fenômenos de um universo diversificado; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Antropocentrismo</b>, “resulta dessa leitura arrogante do ser humano”(p.79); <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ideologia tribalista</b> da eleição, a exclusão surge com a idéia de povo eleito e por fim, a maior de todas as distorções ecológicas a crença na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">queda da natureza </b>“ a idéia de que a Terra com tudo que nela existe e se move seja castigada por causa do pecado humano remete a um antropocentrismo sem medida.”(p.80)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">______________________</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">* Acadêmico do 6° período de Licenciatura em História na UFPI – Picos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: small;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Para Boff<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“É necessário parar para refletir, ouvir, sentir e inserir-se na natureza, no tempo, na vida das pessoas e nas experiências mais humanas e éticas da nossa vida diária”, (p.81)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dessa forma é possível entender o processo espiritual onde segundo Boff é de grande valia nas relações sociais na sociedade de consumo onde o isolamento do homem leva-o a amenizar as dores subjetivas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nas religiões, essas o distancia das atitudes<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>politizadas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É necessário perceber que o mundo estar em evolução e esse entendimento vêm por meio de um processo espiritual. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 18pt;"></span><b><span style="color: black; font-family: "Verdana", "sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Verdana;"></span></b><b><span style="color: black; font-family: "Verdana", "sans-serif"; font-size: 9pt; mso-bidi-font-family: Verdana;"></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none;"></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;">(Resumo)</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nilvon Batista de Sousa Brito*</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O padrão de visão do mundo que temos hoje se formou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com a revolução cientifica, a partir do século XVII em diante com a chamada modernidade.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Esse novo paradigma se dar com a ruptura de um mundo que tinham uma cosmovisão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>orgânica, onde o homem estava inserido na natureza como um ser dependente e obediente a ela.“ vive-se em comunidades pequenas e coesas, com relativa autonomia,vivenciando mais proximamente os processos socionaturais”(p.15). Os cientistas desse período priorizavam “as questões relativas a Deus, a alma e a ética.”(p16) prevaleciam os interesses coletivos em relação ao individual. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Na revolução cientifica perde-se essas características espirituais e o mundo passa a ser vista como matéria física. Esse mundo material será disponibilizado ao homem para que possa, por meio do conhecimento, transforma-lo “naquilo que pode servir e enriquecer materialmente o ser humano como <i style="mso-bidi-font-style: normal;">home faber”</i>(p.17)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dessa forma, acontece a Revolução industrial<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>trazendo a noção de progresso e a racionalidade cientifica por meio do positivismo como meta para se alcançar a emancipação e felicidade da humanidade. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A problemática desse novo paradigma levantada pela Escola de Frankfurt mostra o positivismo como algo desumano. A critica que se faz a mudança de paradigma não está na substituição da fé pela razão humana , mas no fato da racionalidade ser considerada como “principio último da fundamentação do que deveria ser admitido.”(p.17) o que vai implicar no distanciamento do homem em relação a natureza.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Os sintomas dessa problemática vão aparecer nas idéias dos principais pensadores da Razão: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">R. Descarte</b>, “o ser humano é essencialmente um ser racional (e dotado de alma)” (p.19) só aceita uma explicação positivista para o universo. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Galileu Galilei</b> considerado o pai</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
da ciência moderna “expulsa os elementos espirituais,estéticos e éticos do conhecimento.”(p.19) <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">F. Bacon</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>por meio do conhecimento cientifico pode-se dominar e transformar a natureza.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A noção que o homem medieval tem da natureza<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mãe é destituída pela Revolução Cientifica e no lugar o homem racional a ver como um objeto, assim “ o olhar sobre a vida torna-se rígido e mecanicista”.(p.20)</div></span><span style="font-size: 14pt;">Acerca do Paradigma Cartesiano-baconiano da Modernidade Cientifica</span></span><span style="font-size: small;">OUTRA ECOLOGIA É POSSIVEL: A ECOLOGIA DO MOVIMENTO ECOLÓGICO</span></span> </span>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-30731484722524247962011-04-18T06:59:00.000-07:002011-04-18T06:59:41.996-07:00CULTURA E CIDADE: UM OLHAR ETNOGRAFICO DA CIDADE DE PICOS. – PATRIMONIO CULTURAL MATERIAL E IMATERIAL.<div class="Section1"><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> Nilvon Batista (UFPI)</i></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><br />
<div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_s1026" o:allowoverlap="f" style="height: 135pt; left: 0px; margin-left: 0px; margin-top: 66pt; position: absolute; text-align: left; width: 102.6pt; z-index: -1;" type="#_x0000_t75" wrapcoords="-202 0 -202 21421 21600 21421 21600 0 -202 0"><imagedata o:title="picos mapa" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png"></imagedata><wrap type="tight"></wrap></shape>A preservação do patrimônio cultural é uma preocupação cada vez mais presente em diversas áreas do conhecimento. Dentro desta discussão, ressalta-se a importância do estudo e preservação do patrimônio urbano-arquitetônico, pois se entende que este representa a dimensão física para a salvaguarda da memória de uma sociedade. O município de picos localiza-se no centro-sul do Piauí, a <metricconverter productid="302 km" w:st="on">302 km</metricconverter> da capital Teresina. Historicamente, Picos tem uma tradição no comercio do Piauí. Quando no século XVII a família do português Borges Marinho chegou à região<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para criar gado e cultivar o vale de terras férteis do Guaribas, fundou no local onde hoje é o centro de picos uma fazenda onde dentro de pouco tempo se transformou em um grande centro comercial da região. As construções que suplantaram os tempos são<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>reservas de memória e fontes epistemológica<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para o entendimento da formação cultural de uma sociedade. Entretanto, verifica-se atualmente uma desvalorização e degradação do patrimônio edificado no centro <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da cidade. Neste sentindo, o objetivo deste trabalho é fazer um levantamento do patrimônio cultural material e imaterial que possa resgatar a memória de Picos, tomando-se como procedimento metodológico a pesquisa de campo antropológica e inventário edilício do patrimônio cultural material, ainda existente, e o imaterial - lesado pelos costumes globalizados e massificados da mídia. </div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">PATRIMÔNIO CULTURAL.</div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: black;">O conceito de patrimônio cultural é o entendimento que se tem de monumentos históricos que faz lembrar acontecimentos relevantes dentro de um contexto local. No site da internet wikipédia encontramos o seguinte:</span><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;"></span></div><div style="margin-left: 106.2pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">“<b>patrimônio</b> <b>cultural</b> é o conjunto de todos os <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Bem" title="Bem"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">bens</span></a>, materiais ou imateriais, que, pelo seu <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Valor" title="Valor"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">valor</span></a> próprio, devam ser considerados de interesse relevante para a permanência e a <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Identidade" title="Identidade"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">identidade</span></a> da <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Cultura" title="Cultura"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">cultura</span></a> de um <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Povo" title="Povo"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">povo</span></a>. O património é a nossa herança do passado, com que vivemos hoje, e que passamos às gerações vindouras. Do património cultural material fazem parte bens imóveis tais como <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Castelo" title="Castelo"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">castelos</span></a>, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Igreja" title="Igreja"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">igrejas</span></a>, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Casa" title="Casa"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">casas</span></a>, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Praça" title="Praça"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">praças</span></a>, conjuntos urbanos, e ainda locais dotados de expressivo valor para a <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/História" title="História"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">história</span></a>, a <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Arqueologia" title="Arqueologia"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">arqueologia</span></a>, a <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Paleontologia" title="Paleontologia"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">paleontologia</span></a> e a ciência <personname productid="em geral. Nos" w:st="on">em geral. Nos</personname> bens móveis incluem-se, por exemplo, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Pintura" title="Pintura"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">pinturas</span></a>, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Escultura" title="Escultura"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">esculturas</span></a> e <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Artesanato" title="Artesanato"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">artesanato</span></a> [...](F:\Património_cultural.htm) </span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">Em que pese sua importancia</span><span style="color: black;"> podemos então dizer que os monumentos são símbolos de cultural. Dessa forma,</span><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;"> o patrimonio cultural é essencial na reconstrução da memória, ja que para reconstituir o passado a objetividade dos documentos não é por si só satisfatória, já que não podemos confiar plenamente nessa objetividade, uma vez entendido que os documentos tambem são manipuláveis ou insuficientes. Será necessário recorrer a outros fontes como a memória,o estudo do cotidiano, dos costumes, das artes etc. Todavia, a memória é limitada, não consegue recuperar os acontecimentos em toda a sua dimenção o que torna as<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>informações fragmentadas:</span></div><div style="margin-left: 106.2pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin-left: 106.2pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">“Halbwachs contesta absolutamente que haja uma conservação das imagens na mente. Nosso conhecimento do passado não é conservado, mas reconstruido, a memoria não é uma operação mecânica, e sim função simbólica. Assim, a lembrança depende da possibilidade de possuirmos ideias gerais, sem as quais não teriamos nenhum passado pessoal.”(Jean STOETZEL.apud<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>MELLO. p.48)</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><br />
</div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: black;">Em Casa-Grande e Senzala, Gilberto Freyre faz uma analise antropológica da formação social do Brasil onde as edificações coloniais, que dão nome a obra, é apresentada como um símbolo de poder e não poder. Daí pode-se perceber a importância das edificações no estudo não somente do ponto de vista histórico, mas também antropológico. Podemos entender essas edificações como patrimônio cultural material, pois são lugares de memória. Esses lugares provocam um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">insight </i>nas pessoas que ali viveram ou tiveram algum contato por meio de visitas ou relatos de antepassados<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>trazendo a tona às informações que estavam ali repousando e agora servirá de dados para a interpretação da cultura:</span><span lang="PT" style="color: black; font-size: 11pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">“A história social da casa-grande é a história íntima de quase todo brasileiro:da sua vida doméstica, conjugal, sob o patriarcalismo escravocrata e polígamo; da sua vida de menino; do seu cristianismo reduzido a religião de família e influenciado pelas crendices da senzala.[...] O arquiteto Lucio costa diante das casas velhas de Sabará,são João Del Rei, ouro preto, Mariana, das velhas casas grandes de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Minas, foi a impressão que teve: ‘agente como que se encontra... e se lembra de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>coisas que a gente nunca soube, mas que estavam lá dentro de nos; não sei – proust<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>devia explicar isso direito’.” (FREYRE,p.44).</span><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;"></span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Da mesma forma se dar com o patrimônio imaterial, o que antes era uma brincadeira, uma diversão, um jeito de cozinhar, rezar, trabalhar que se tornou popular e foi repassada através das gerações se apresenta hoje como uma manifestação simbólica da cultura, que através da institucionalização se torna um personagem importante dentro desse processo de entendimento de uma cultura. No site da internet encontramos o seguinte conceito para <span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">patrimônio cultural imateria<b>l</b></span><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">:</span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">“ é uma concepção de <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Patrimônio_cultural" title="Patrimônio cultural"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">patrimônio cultural</span></a> que abrange as expressões <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Cultura" title="Cultura"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">culturais</span></a> e as <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Tradição" title="Tradição"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">tradições</span></a> que um <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Povo" title="Povo"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">grupo de indivíduos</span></a> preserva em respeito da sua <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Ancestral" title="Ancestral"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">ancestralidade</span></a>, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Saber" title="Saber"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">saberes</span></a>, os modos de fazer, as formas de <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Expressão" title="Expressão"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">expressão</span></a>, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/w/index.php" title="Celebração (ainda não escrito)"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">celebrações</span></a>, as <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Festa" title="Festa"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">festas</span></a> e <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Dança" title="Dança"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">danças</span></a> populares, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Lenda" title="Lenda"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">lendas</span></a>, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Música" title="Música"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">músicas</span></a>, <a href="http://www.blogger.com/Dados%20de%20aplicativos/Microsoft/Word/wiki/Costume" title="Costume"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">costumes</span></a> e outras tradições”</span><span style="font-size: 10pt;"> (</span><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">F:\Património_Cultural_Imaterial.htm).</span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">A base de uma análise antropológica de uma sociedade é a interpretação da cultura, essa se bem sucedida permitirá uma aproximação real do objeto pesquisado, ou seja, o que de fato faz parte de uma cultura. Uma interpretação equivocada comprometerá o sucesso da pesquisa, o etnógrafo tem como objetivo isolar o aparente do real, as coisas que estão interferindo no surgimento do elemento verdadeiramente cultural. Entrar dentro desse emaranhado, levantar dados, observar, deduzir, intuir são tarefas do etnógrafo (GEERTZ).</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">O método antropológico implica em uma incursão ao campo empírico, de modo que o pesquisado possa se aproximar o máximo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>possivel<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do seu objeto de estudo e não se prenda a dogmas teóricos que possam gerar ambiguidades <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na pesquisa antropológica.(LAPLANTINE). Isso não quer dizer que deva-se abandonar a pesquisa bibliográfica, pelo contrário, toda pesquisa deve começar por aí. O pesquisador deve ir a campo com o máximo de informação teórica<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre o assunto de sua pesquisa.”Sua pesquisa começa muito antes de partir para o campo. Principia nas bibliotecas e nas livrarias.”(MELLO p.75)</span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">A seguir apresentamos a nossa pesquisa etnográfica sobre os patrimônios culturais de Picos, tendo como parâmetro referencial <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o método antropológico de pesquisa.</span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">PATRIMONIO CULTURAL MATE<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">RIAL DE PICOS.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">1.Igreja do Sagrado Coração de Jesus.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Localizada no inicio da Avenida Getúlio Vargas. Foi a primeira igreja construída em Picos, no principio era uma capela dedicada a São José, construída pelos vaqueiros que lhe deram o nome de São José das Botas, picos nessa época ainda era povoado. Com o crescente número de fieis a igreja foi reformada e passou a chamar-se de Sagrado Coração de Jesus isso devido ao grande número de devotos que aumentava a cada festividade. Sobre a criação da igreja encontramos o seguinte depoimento de D.Miriam Lélis<sup>1</sup> no livro Acervos Histórico:<sup>2</sup> “De <metricconverter productid="1827 a" w:st="on">1827 a</metricconverter> 1830 foi a construção da capela de são José de Botas. Os habitantes pediram a imagem de são José com vestimentas de vaqueiro devido a criação de gado naquela época na região.”</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">A construção em estilo maneirista<sup>3</sup> com alguns elementos do rococó<sup>4</sup><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>permanece fiel a suas</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">características originais. Bem no inicio da avenida, onde se erguem prédios modernos e o intenso trânsito faz-se apregoar a vida globalizada, a igrejinha resiste ao tempo como uma representação da cultura<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>picoense.</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">2. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Catedral de Nossa Senhora dos Remédios.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">A igreja foi construída em 1871 pelo padre cearense, conhecido na região como frei Ibiapina. No entanto foi demolida em 1948 para construir uma nova igreja. Esse projeto era de um grupo de frades alemão, que não tinha originalmente a intenção de demolir e sim de construir uma outra igreja. .Contudo, antes de iniciar a construção eles foram transferidos.</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">_________________________________________________________________________</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">1. Atual presidente do apostolado da oração da diocese de Picos – pi.</span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">2. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acervos históricos:experiências no levantamento de acervos documentais na região de Picos -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b></span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">uma antologia de trabalhos dos alunos do I período de História da UFPI-CAMPUS de Picos.organizado pela professora <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ana Paula Cantelli e Rodrigues Gerolineto. </span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">3.A arquitetura <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">maneirista</b> dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e na decoração</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt;"><metricconverter productid="4. A" w:st="on"><span style="font-size: 10pt;">4. A</span></metricconverter><span style="font-size: 10pt;"> arquitetura <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">rococó</b> é marcada pela sensibilidade, percebida na distribuição dos ambientes interiores, destinados a valorizar um modo de vida individual e caprichoso. Essa manifestação adquiriu importância principalmente no sul da Alemanha e na França. Suas principais características são uma exagerada tendência para a decoração carregada, tanto nas fachadas quanto nos interiores. As cúpulas das igrejas, menores que as das barrocas, multiplicam-se. </span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">O projeto foi continuado pelo Pe. Madeira que decidiu demolir e construir a nova igreja no mesmo local, com total apoio da população que contribuiu com donativos e com o próprio trabalho para a nova edificação (DUARTE). Não houve nenhuma reação contrária à </div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">demolição, uma atitude de passividade já esperada da população da época obediente aos preceitos religiosos. A nova igreja foi construída em estilo neogótico<sup>5</sup> absolutamente oposta ao estilo maneirista da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>anterior que privilegiava <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o espaço horizontal <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre a altura. A nova edificação é uma construção imponente que se faz notar pela “verticalidade da estrutura” (DUARTE). A beleza estética da igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios foi reconhecida recentemente, no ano de 2007, quando foi indicada para a escolha das sete maravilhas do estado do Piauí.</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">3.Mercado Público Municipal.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Localizado no centro da cidade, o mercado público municipal foi construído em 1924 para atender as necessidades de um comércio preponderante na região, ao longo desse tempo o prédio do mercado passou por várias reformas na estrutura interna com a finalidade de</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">adaptar-se as exigências de cada tempo. A fachada externa da edificação foi preservada no estilo original. A conservação do prédio assim é importante para a memória da cidade, pois constitui uma representação material do passado dentro de um espaço onde os efeitos deletérios ao patrimônio cultural edificado se apresentam mais acentuado.</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Esse foi durante muito tempo o principal local de encontro dos habitantes citadinos e interioranos. “Num mercado assim é onde se encontra os olhares e as figuras mais poéticas” (Lari Pereira). Sobre o Mercado Municipal de Picos o historiador Rodrigo Gerolineto, em entrevista, faz o seguinte comentário: </div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt 106.2pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">“O mercado municipal e suas imediações são meus locais preferidos nesta cidade. Aos sábados então nem se fala, com a chegada das pessoas do interior, como se diz por aqui, para vender seus produtos nas ruas adjacentes. Imensa riqueza econômica e cultural vem do campo. A cidade não pode prescindir do campo, o que deve ser dignificado e mantido em terra sua. Ainda vou fotografar ou escrever sobre isso” <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>( Rodrigo Gerolineto Fonseca,historiador.)<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">_____________________________________________________________________________________</span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">5.Neogótico</span></b><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;"> ou <b>revivalismo gótico</b> é um estilo de <a href="file:///G:/wiki/Arquitetura_revivalista" title="Arquitetura revivalista"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">arquitetura revivalista</span></a> originado em meados do <a href="file:///G:/wiki/Século_XVIII" title="Século XVIII"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">século XVIII</span></a> na <a href="file:///G:/wiki/Inglaterra" title="Inglaterra"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Inglaterra</span></a>. No <a href="file:///G:/wiki/Século_XIX" title="Século XIX"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">século XIX</span></a>, estilos neogóticos progressivamente mais sérios e instruídos procuraram reavivar as formas góticas <a href="file:///G:/wiki/Idade_Média" title="Idade Média"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">medievais</span></a>, em contraste com os estilos <a href="file:///G:/wiki/Classicismo" title="Classicismo"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">clássicos</span></a> dominantes na época.O movimento de revivalismo gótico teve uma influência significativa na <a href="file:///G:/wiki/Europa" title="Europa"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Europa</span></a> e nas <a href="file:///G:/wiki/Américas" title="Américas"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Américas</span></a>, e talvez tenha sido construída mais arquitetura gótica revivalista nos séculos XIX e XX do que durante o movimento <a href="file:///G:/wiki/Estilo_gótico" title="Estilo gótico"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">gótico</span></a> original.</span><span style="font-size: 10pt;"></span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">4. Museu Ozildo Albano.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">O prédio onde funciona o museu Ozildo Albano, localizado na Praça Josino Ferreira, S/N, foi tombado como patrimônio histórico em 1999. Foi construído em 1932 e reformado para sediar o museu, contudo foi conservado o estilo neo-clássico<sup>6</sup>. A edificação foi sede do grupo escolar Coelho Rodrigues onde estudaram varias gerações de picoenses. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></div><div class="Default" style="margin: 12pt 0cm 0pt; text-align: justify;">PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DE PICOS.</div><div class="Default" style="margin: 12pt 0cm 0pt; text-align: justify;">1. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Apostolado da oração.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 12pt 0cm 0pt; text-align: justify;">É um grupo de religiosos criado na igrejinha do sagrado coração de Jesus em 1897 com a finalidade de se encontrarem mensalmente para meditação e oração. O grupo continua em atividade a mais de um século.</div><div class="Default" style="margin: 12pt 0cm 0pt; text-align: justify;">2.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Danças folclóricas.</b></div><div class="Default" style="margin: 12pt 0cm 0pt; text-align: justify;">- Reizado, São Gonçalo, Cavalo piancó, Dança do Congo, Passeata e queima do judas, as quadrilhas de São João.</div><div class="Default" style="margin: 12pt 0cm 0pt; text-align: justify;">3.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Festas tradicionais:</b></div><div class="Default" style="margin: 12pt 0cm 0pt; text-align: justify;">Reveillon,Santos Reis,Carnaval,Quadrilhas mês de junho,Festa da Padroeira dia 15 de agosto,Natal<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>24 e 25.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">4. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Feira livre.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">A feira livre de picos é um dos aspectos mais significativos da cultura popular de Picos, pois, simboliza toda a vocação comercial dos habitantes. No inicio da povoação picos era um local de entroncamento dos caminhos por onde passavam as boiadas, com a chegada dos transportes motorizados esses se transformaram em o principal entroncamento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>rodoviário do estado do Piauí.Esse fato permite a presença na cidade de muitas pessoas praticando atividades comerciais.Assim surgia em 1845 às primeiras feiras livres, principais fontes de renda e ainda hoje a maior arrecadação de impostos do município. A feira também funciona como integração entre os picoenses e moradores de cidades vizinhas e de várias partes do Brasil.</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">_________________________________________________________________________ <metricconverter productid="6. A" w:st="on"><span style="font-size: 10pt;">6. </span><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">A</span></metricconverter><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;"> Arquitetura<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> neoclássica</b> foi produto da reação anti<a href="http://www.blogger.com/wiki/Barroco" title="Barroco"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">barroco</span></a> e anti-<a href="http://www.blogger.com/wiki/Rococó" title="Rococó"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">rococó</span></a>, levada a cabo pelos novos artistas-intelectuais do <a href="http://www.blogger.com/wiki/Século_XVIII" title="Século XVIII"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">século XVIII</span></a>. Os Arquitetos formados no clima cultural do racionalismo iluminista e educados no entusiasmo crescente pela Civilização Clássica, cada vez mais conhecida e estudada devido aos progressos da <a href="http://www.blogger.com/wiki/Arqueologia" title="Arqueologia"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Arqueologia</span></a> e da <a href="http://www.blogger.com/wiki/História" title="História"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">História</span></a></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">5. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Rádio Difusora de Picos.</b> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Localizado na Rua Joaquim Baldoíno, n°41,através de uma iniciativa pioneira na região de Picos no final dos anos 50, o então recém formado advogado e já prefeito de Picos, Helvídio Nunes de Barros já tinha o sonho de integrar a região, sonho maturado à época de governador e finalmente, realizado quando senador da República. Assim, surgiu a Rádio</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Difusora de Picos, informando, oferecendo lazer através da música, promovendo e integrando toda a Região.Depois de vencida a parte burocrática no Ministério das Telecomunicações, licitação, concorrência, compra de equipamentos, instalação, formação do grupo humano para operação e administração da Emissora, a Rádio Difusora de Picos estava oficialmente no ar a 29 de julho de 1979, exatamente às 08:43 minutos, da manhã de um domingo, à rádio Difusora, que é conhecida por ser uma escola de rádio. Nomes importantes da comunicação de Picos passaram pela Rádio Difusora.<span style="color: black;"></span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">6. Academia de letras da região de Picos.</b></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Fundada em 22 de abril de 1989 tendo como presidente a professora Rosa de Araújo luz, a academia é a principal referencia no campo da cultural na região de picos. Tem como objetivos principais: desenvolver a cultura da região, despertar o interesse da comunidade pela literatura sobremodo a piauienses e divulgar os autores da região.</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Diversas atividades culturais já foram desenvolvidas pela ALERP entre elas: I Concurso de Poesia da Microrregião de Picos, Semana Cultural em homenagem ao centenário de Picos e o Seminário de Literatura Piauiense, que acontece anualmente.<span style="text-transform: uppercase;"> A ALErp </span>conta com quarenta cadeiras destinadas aos intelectuais de Picos e da região. A entidade é dirigida por uma diretoria composta de presidente, vice-presidente, primeiro secretario, segundo secretario, primeiro tesoureiro e segundo tesoureiro. </div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Conclusão:</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Verifica-se que na cidade de Picos as edificações localizadas no centro da cidade são as mais antigas e marco inicial da ocupação urbana, algumas datam da gênese da cidade, no entanto essas construções foram descaracterizadas por sucessivas reformas para instalações comerciais. Neste sentido, é importante destacar que o uso comercial mostra-se mais deletério à preservação do patrimônio edificado. Outro fato que chama a atenção é o não reconhecimento do patrimônio cultural como locais fundamentais para preservação da memória. Não há uma associação desses locais a fatos históricos, o que leva a uma identificação pelo antigo e não pelo histórico. O patrimônio cultural imaterial também é sufocado em detrimento de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">metaculturas de marionetes<sup>7</sup></i> que são cooptadas em nome da modernidade. </div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Vale ressaltar que esse trabalho é um pequeno inventário do patrimônio cultural picoense. A dimensão reduzida é em função do espaço e do caráter do trabalho<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que traz como <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>maior contribuição os caminhos metodológicos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aqui apontados <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como parâmetros para futuras pesquisas sobre a memória e a cidade de Picos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">_________________________________________________________________________<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">7. Músicas estrangeiras; bailes funk; forró eletrônico; Maneiras de se vestir de acordo com as tendências da moda internacional, televisão e cinema; mudança nos hábitos alimentares, sobretudo os <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fast food</i>, etc</span></div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>BIBLIOGRAFIA:</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">CASTRO, Ana Paula Cantelli;FONSECA,Rodrigues Gerolineto. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Acervos históricos:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>experiências no levantamento de acervos documentais na região de Picos -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pi.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b>– Imperatriz-MA: Ética,2008.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 168.15pt;">DUARTE, Renato. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Picos: os verdes anos cinqüenta. </b>2.ed.Recife: Graf.Ed. Nordeste,1995.</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">FREYRE, Gilberto. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Casa-grande e Senzala.</b> 51ª ed. São Paulo: Global Editora,2008.</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">GERTZ, Clifford. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A interpretação das Culturas. </b>Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">LAPLANTINE, François. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Aprender Antropologia</b>. São Paulo: Brasiliense, 1988.</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">LARAIA, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Roque de Barros. Cultura – um conceito antropológico</b>. 16ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,2003.</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">MELLO, Luiz Gonzaga de. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Antropologia Cultural.</b> 3ª ed. Petrópolis: Vozes,1987</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fontes virtuais:</b></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B3nio_cultural</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">http://pt. wikipedia/Neogótico.htm</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">http://pt. wikipedia/Rococó.htm</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">http://pt. wikipedia/Maneirismo.htm</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div></div><span style="color: black; font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" /></span><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-4395511584625346042011-04-18T06:51:00.000-07:002011-04-18T06:51:48.220-07:00ESTUDO ARQUITETÔNICO DA CIDADE DE JAICÓS<h5 style="margin: 0cm 2.45pt 0pt 49.65pt;"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: Arial;">UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ</span></span></h5><h4 style="margin: 0cm 2.45pt 0pt 49.65pt;"><span style="font-size: 11pt;"><span style="font-family: Arial;">CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS</span></span></h4><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 2.45pt 0pt 49.65pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">CURSO DE HISTÓRIA</span></b></div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">GESTÃO DE PESQUISA <personname productid="EM HISTᅮRIA I" w:st="on">EM HISTÓRIA I</personname></span></b></div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><br />
</div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><br />
</div><div align="center" class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 11pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Relatório</span></b></div><div align="center" class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt; text-align: center;"><br />
</div><div align="center" class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Título: Estudo arquitetônico da cidade de Jaicós</span></b></div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Coordenador: Rosberg Santos</span></b></div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Co-Orientador: Nilvon Batista</span></b></div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: "Times New Roman";">Colaboradores: Francisco Júnior, Antonia Claudia, Jansen Nunes, Rafael Luz, Kairo Igor, Karla Ingrid, José de Deus, Maria Luzia.</span></b></div><div class="MsoHeader" style="margin: 0cm 18pt 0pt 49.65pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"></span></b><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Propomos no projeto o levantamento de dados sobre a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e do casario a sua volta, ambos localizados na cidade de Jaicós. Essas informações seriam adquiridas através da leitura de material bibliográfico sobre os monumentos históricos, através do patrimônio cultural urbano, além de entrevistas direcionadas a historiadores, ao padre, moradores e professores da cidade, onde através destas passaremos a compreender como se deu à construção daqueles monumentos e qual a influência socioeconômica dos habitantes dessas edificações desde a sua construção até a sua formação atual.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Ainda para a obtenção de um maior numero de dados, nos disponibilizamos a aplicarmos um questionário por meio do qual buscaríamos conhecer sobre os idealizadores das construções, traços arquitetônicos, estilos de construção e suas particularidades. Para tal compreensão, seriam fotografadas e analisadas as evoluções dos monumentos arquitetônicos (Igreja de Nossa Senhora das Mercês e do casario ao seu redor).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Diante do trabalho de pesquisa realizado na cidade de Jaicós podemos fazer uma boa avaliação dos objetivos e metas propostos, desde a chegada ao centro histórico até a realização das entrevistas que ocorreu dentro das expectativas previstas, com ressalva a entrevista ao Padre Francisco, este que não pode estar na ocasião. A observação e comparação dos monumentos se realizaram com base em metas de utilização dos conhecimentos da disciplina Gestão de Pesquisa <personname productid="em Hist�ria I" w:st="on">em História I</personname>, assim como, os dados necessários para a elaboração desse relatório. Quanto à divulgação do resultado da pesquisa em páginas da internet, cabe a conclusão e avaliação do mesmo para tal estratégia ser colocada em ação.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"></span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fazendo uma análise da metodologia de trabalho proposta, podemos dizer que a partir da atividade realizada, os métodos de observação e aquisição de dados se deram de maneira satisfatória, contribuindo para a elaboração do relatório e enriquecendo o nosso conhecimento sobre a história da cidade de Jaicós. A fundamentação da nossa pesquisa na História Cultural e na perspectiva da Autora Sandra Jatahy Pesavento nos deu subsídios necessários para a compreensão da arquitetura da cidade estudada.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Em relação aos recursos citados inicialmente na elaboração do projeto, não foi possível a utilização da filmadora e gravadores na ocasião. No entanto, os outros recursos utilizados foram de suma importância para a realização da pesquisa. As câmeras fotográficas digitais empregadas no registro dos monumentos, o uso para armazenamento de dados através do notebook e pen-drive e por fim, a utilização da Viatura (Van) a para a realização do deslocamento da equipe na busca de documentos e outras informações. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 18pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"></span><span style="font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Com base no projeto de pesquisa que elaboramos e no trabalho realizado no município de Jaicós sobre a arquitetura da Igreja de Nossa Senhora das Mercês e das casas construídas ao seu redor chegamos as seguintes compreensões:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">A construção da igreja em 1833 foi fundamental para o surgimento do casario em torno da mesma. Essas edificações aconteceram em dois momentos, inicialmente a partir do ano de 1839 e mais tarde após 1940. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 579px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_i1025" style="height: 150.75pt; width: 207pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos6 041" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1026" style="height: 151.5pt; width: 201pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos6 040" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 1: Casarão mais antigo – 1839</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 2: Detalhes fig. 1</span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1027" style="height: 158.25pt; width: 206.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos6 051" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image005.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1028" style="height: 158.25pt; width: 201pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos5 031" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image007.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 3: casario após 1940</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 4: Detalhes fig. 3</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.0pt 207.0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">É fato que já existia um povoamento no local antes da edificação da matriz e dos casarões. Através de pesquisas realizadas por historiadores locais ficamos informados sobre a existência de um aldeamento de índios no inicio do século XVIII por ordem do governador do Piauí João Pereira Caldas que recomendou o aldeamento com a finalidade de amenizar os ataques promovidos pelos índios nas fazendas da região. Os jesuítas fundaram uma capela naquela aldeia onde passaram a visitar constantemente. A partir desse acontecimento a formação de uma vila era só uma questão de tempo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">O aldeamento foi elevado à categoria de vila desde 1932 e com o retorno do Padre Marcos de Araújo Costa, de Coimbra em Portugal, onde se encontrava no seminário concluindo seus estudos, impulsiona o desenvolvimento da localidade com o inicio da construção da Igreja, que foi concluída em 1937 no “estilo barroco-rococó com uma só torre, tendo em cima um galo dos ventos” (OLIVEIRA), segundo os historiadores de Jaicós esse galo traz vários significados na relação com a igreja, entre eles, uma simbologia de vigília. Essa era mais uma tradição de Portugal incorporada à cultura daquele povo por intermédio do Padre Marcos e de outros padres e ordem religiosa que vieram trabalhar naquela localidade.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed; width: 578px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1029" style="height: 155.25pt; width: 3in;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos6 049" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image009.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.75pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1030" style="height: 153pt; width: 192.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos3 003" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image011.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 4: Igreja N. S. das Mercês – Jaicós – PI</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.75pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 5: Detalhes fig. 4</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Podemos constatar que os casarões da primeira fase têm forte influencia da arquitetura portuguesa da época, assim como a igreja, essas construções foram realizadas pelo padre Marcos. “Construiu ainda o Padre uma casa [...] que vendeu ao governo para servir de câmara, fórum, cadeia e quartel do destacamento policial” (OLIVEIRA). Essa casa localizada em frente à igreja é utilizada atualmente como sede do Fórum, a mesma encontra-se em ótimo estado de conservação e mantém o estilo original no seu exterior.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed; width: 588px;"><tbody>
<tr style="mso-row-margin-right: 11.8pt; mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 314.35pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1031" style="height: 163.5pt; width: 207pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021208" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image013.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td colspan="2" style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 200.95pt;" valign="top" width="268"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1032" style="height: 162pt; width: 194.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos3 001" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image015.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; mso-cell-special: placeholder; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="16"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div></td></tr>
<tr style="mso-row-margin-right: 11.8pt; mso-yfti-irow: 1;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 210.5pt;" valign="top" width="281"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 6: Igreja N. S. das Mercês</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td colspan="2" style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 200.95pt;" valign="top" width="268"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 7: Detalhes fig. 6</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; mso-cell-special: placeholder; padding-bottom: 0cm; padding-left: 0cm; padding-right: 0cm; padding-top: 0cm;" width="16"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"><td colspan="2" style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 213.8pt;" valign="top" width="285"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1033" style="height: 167.25pt; width: 206.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos5 024" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image017.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 14.7pt;" valign="top" width="20"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td colspan="2" style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 212.75pt;" valign="top" width="284"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1034" style="height: 170.25pt; width: 194.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos3 008" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image019.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3; mso-yfti-lastrow: yes;"><td colspan="2" style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 213.8pt;" valign="top" width="285"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 8: Casarão da 1ª Fase</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 14.7pt;" valign="top" width="20"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td colspan="2" style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 212.75pt;" valign="top" width="284"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 9: Fórum Municipal</span></div></td></tr>
<tr height="0"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8;" width="285"></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8;" width="4"></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8;" width="18"></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8;" width="268"></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8;" width="13"></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>À</span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"> </span><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">direita do Fórum existem outras casas da mesma época, inclusive uma construída pelo Pe. Claro Mendes de carvalho, no mesmo estilo. Porem essas edificações sofreu muitas mudanças tanto na parte exterior quanto no interior das mesmas. Podemos observar que as frentes dessas casas conservam traços originais da construção, embora tenham mudado a pintura, já dentro delas as transformações descaracterizaram quase totalmente a arquitetura original, na maioria já trocaram o piso, acrescentaram forros de gesso no teto e construíram novos cômodos, restando apenas algumas características com a forma de algumas colunas e paredes, objetos antigos, etc.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.8pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1035" style="height: 149.25pt; width: 198pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos8 003" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image021.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 14.45pt;" valign="top" width="19"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 208pt;" valign="top" width="277"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1036" style="height: 152.25pt; width: 203.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos8 004" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image023.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="height: 28.05pt; mso-yfti-irow: 1;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 28.05pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.8pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 10: Casario à direita do Fórum</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 28.05pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 14.45pt;" valign="top" width="19"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 28.05pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 205.2pt;" valign="top" width="274"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 11: Casario à direita do Fórum</span></div></td></tr>
<tr style="height: 142.35pt; mso-yfti-irow: 2;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 142.35pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.8pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1037" style="height: 148.5pt; width: 198pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos8 005" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image025.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 142.35pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 14.45pt;" valign="top" width="19"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 142.35pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 205.2pt;" valign="top" width="274"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1038" style="height: 150pt; width: 200.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos6 048" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image027.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="height: 8.7pt; mso-yfti-irow: 3; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 8.7pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.8pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 12: Casario à direita do Fórum</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 8.7pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 14.45pt;" valign="top" width="19"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; height: 8.7pt; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 205.2pt;" valign="top" width="274"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 13: Detalhes da portas e objetos</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed; width: 569px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 201.5pt;" valign="top" width="269"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1039" style="height: 156pt; width: 208.5pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos11 005" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image029.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1040" style="height: 158.25pt; width: 203.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="jaicos11 007" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image031.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 201.5pt;" valign="top" width="269"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 14: Detalhes da parede</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18pt;" valign="top" width="24"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 15: Detalhes (Moderno X Antigo)</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">As construções do inicio do século XX até 1940 são a maioria. Algumas conservam as fachadas em ótimo estado onde podemos identificar bem a semelhança entre as mesmas e constatar que são de uma mesma época. Após 1940 houve um pico econômico que possibilitou a uma elite local construir residências luxuosas para os padrões daquela época. A sociedade de Jaicós, a exemplo de todo o estado do Piauí, vivia um período econômico muito bom com o apogeu do ciclo da carnaúba. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; tab-stops: 360.0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">O preço da cera de carnaúba voltou a subir a partir de 1935. Durante a II Grande Guerra (<metricconverter productid="1939 a" w:st="on">1939 a</metricconverter> 1945) [...] houve a corrida para a cera. A guerra deu margem para que a cera de carnaúba fosse utilizada em uma infinidade de aplicações.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">[...] nesse período a carnaúba era responsável por 70 por cento da receita estadual. Quase toda a região norte do Piauí prosperou graças ao produto. Foi a época da construção dos palacetes. (TAVARES, p. 59).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>As casas pós-1940 localizam-se mais à direita e à retaguarda da igreja. Um dos fatores que contribuíram para a reforma e consequentemente a descaracterização da arquitetura dessas casas foi à instalação de salas comerciais e repartições públicas devido à localização excelente para essas atividades. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; margin: auto auto auto 36pt; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; width: 576px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 432.2pt;" valign="top" width="576"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1041" style="height: 294pt; width: 468.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="Croqui%202%20-%20Igreja" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image033.png"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 432.2pt;" width="576"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Croqui da área da Igreja Nossa Senhora das Mercês</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 36pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Outro aspecto relevante que nos proporciona essa pesquisa é a constatação da preferência habitacional das classes mais ricas e detentora do poder político e econômico local em estabelecer suas residências em volta da igreja matriz e das edificações administrativas. A exuberância das fachadas representava o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status</i> social das famílias ali residentes. Esse cenário era muito comum nas vilas do Brasil colonial e imperial. A própria família Real quando veio para o Brasil no inicio do século XIX habitava em um cenário semelhante, de acordo com Lília Schwarcz (p. 207): “Se a casa de um nobre era um distintivo de classe e seu aspecto exterior era símbolo da posição da importância e da hierarquia de seu chefe, o palácio do imperador deveria ser impar”. Ainda, conforme a mesma autora, “é fato que durante todo o reinado o paço da Cidade foi o cenário dileto da monarquia. Sua estrutura imponente simbolizava a força da realeza, sua centralidade na corte era sinônimo do poder da monarquia.” (SCHWARCZ, p. 215).</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.8pt; text-align: justify;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1042" style="height: 148.5pt; width: 198pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021212" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image035.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18.8pt;" valign="top" width="25"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1043" style="height: 150pt; width: 200.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021214" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image037.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 16: Casarão à direita da igreja</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18.8pt;" valign="top" width="25"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 17: Casarão à direita da igreja</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1044" style="height: 148.5pt; width: 198pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021272" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image039.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18.8pt;" valign="top" width="25"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1045" style="height: 148.5pt; width: 198.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021273" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image041.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 18: Casario à direita da igreja</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18.8pt;" valign="top" width="25"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 19: Casarão à direita da igreja</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 4;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1046" style="height: 150pt; width: 198.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021269" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image043.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18.8pt;" valign="top" width="25"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1047" style="height: 150pt; width: 200.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021265" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image045.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 5; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 20: Casario à retaguarda da igreja.</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 18.8pt;" valign="top" width="25"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 21: Casario à retaguarda da igreja.</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.8pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.8pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.8pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">É certo que houve ao longo dos anos sucessivas reformas nos casarões e na igreja matriz. As modificações podem ser percebidas tanto nas fachadas quanto no interior dessas edificações. Essas reformas promovidas pelas famílias que ali residiram, ou ainda residem, com a finalidade de melhorar suas acomodações ou até mesmo para conservação do imóvel. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.8pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1048" style="height: 149.25pt; width: 198pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021239" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image047.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 20.05pt;" valign="top" width="27"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1049" style="height: 150pt; width: 200.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021244" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image049.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 204.8pt;" valign="top" width="273"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 22: Igreja N. S. das Mercês - L. direito.</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 20.05pt;" valign="top" width="27"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 207.35pt;" valign="top" width="276"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 23: Igreja N. S. das Mercês - L. esquerdo.</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">No caso da igreja o problema é um pouco mais grave, pois as várias ordens religiosas que por ali passaram não deixam de registrar suas influencias culturais e religiosas. Como se deu na comemoração do “primeiro centenário da igreja matriz em 1937, com a inauguração da segunda torre com o relógio, da nave lateral esquerda e da colocação de um sino na torre mais antiga” (RAFAEL Filho). Essa reforma foi promovida pelo padre alemão José Zimmerman, que trabalhou na paroquial de Jaicós entre <metricconverter productid="1933 a" w:st="on">1933 a</metricconverter> 1938.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1050" style="height: 141pt; width: 198pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021283" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image051.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 22.45pt;" valign="top" width="30"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 202.95pt;" valign="top" width="271"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1051" style="height: 141.75pt; width: 201.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021284" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image053.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 24: frente da Igreja (fonte: TAVARES)</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 22.45pt;" valign="top" width="30"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 202.95pt;" valign="top" width="271"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 25: frente da Igreja (fonte: TAVARES)</span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1052" style="height: 149.25pt; width: 198.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021285" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image055.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 22.45pt;" valign="top" width="30"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 202.95pt;" valign="top" width="271"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1053" style="height: 150pt; width: 198.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021286" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image057.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 3;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 26: Vista lateral da Igreja (fonte: TAVARES)</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 22.45pt;" valign="top" width="30"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 202.95pt;" valign="top" width="271"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 27: Vista panorâmica da igreja (fonte: TAVARES)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 4;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1054" style="height: 150pt; width: 198.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021268" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image059.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 22.45pt;" valign="top" width="30"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 202.95pt;" valign="top" width="271"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1055" style="height: 151.5pt; width: 201.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021270" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image061.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 5; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 28: Casario à retaguarda da igreja</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 22.45pt;" valign="top" width="30"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 202.95pt;" valign="top" width="271"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 29: Casario à retaguarda da igreja</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><br />
<table border="0" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoNormalTable" style="border-collapse: collapse; mso-padding-alt: 0cm 3.5pt 0cm 3.5pt; mso-table-layout-alt: fixed; width: 569px;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1056" style="height: 150pt; width: 198.75pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021275" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image063.jpg"></imagedata></shape></span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 15.05pt;" valign="top" width="20"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 205.4pt;" valign="top" width="274"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;"><shape id="_x0000_i1057" style="height: 151.5pt; width: 207pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="S4021276" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image065.jpg"></imagedata></shape></span></div></td></tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1; mso-yfti-lastrow: yes;"><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 206.05pt;" valign="top" width="275"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 30: Casario à direita da igreja</span></div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 15.05pt;" valign="top" width="20"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div></td><td style="background-color: transparent; border-bottom: #ece9d8; border-left: #ece9d8; border-right: #ece9d8; border-top: #ece9d8; padding-bottom: 0cm; padding-left: 3.5pt; padding-right: 3.5pt; padding-top: 0cm; width: 205.4pt;" valign="top" width="274"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Fig. 31: Casario à direita da igreja</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt;">Não obstante, podemos perceber que essas modificações ocorridas não foram suficientes para alterar de maneira definitiva, é, portanto, ainda possível à identificação do estilo original.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">6 - Referências Bibliográficas</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">CHOAY, Françoise. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A alegoria do patrimônio.</b> Tradução de Luciano Vieira Machado. São Paulo: Estação da Liberdade; UNESP, 2001. p. 31-57.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">GALLIANO, Alfredo Guilherme, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Introdução a Sociologia.</b> São Paulo: Harper e Row do Brasil, 1981.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">OLIVEIRA, José do Carmo. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Bicentenário da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês de Jaicós</b> – Piauí. Apostila.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">PESAVENTO, Sandra Jatahy. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">História e História Cultural. </b>2. ed. Belo Horizonte: Autêntica 2004.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">RAFAEL Filho, José. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sobre a História Religiosa de Jaicós</b>. Apostila.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">SCHWARCZ, Lilia Moritz. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">As</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">barbas do Imperador D.Pedro II, um monarca nos tópicos.</b> São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 207-245.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%;">TAVARES, Zózimo. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Piauí no século 20</b> – <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">100 fatos que marcaram o Estado de <metricconverter productid="1900 a" w:st="on">1900 a</metricconverter> 2000. </b>4 ed. São Paulo: Alínea Publicações, 2003. p. 59.</span></div><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">TOLEDO, Geraldo Luciano; OVALLE</span>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-64979510142684313912011-04-18T05:57:00.001-07:002011-04-18T05:57:34.472-07:00A Proposta Política dos Novos Liberais na Crise do Brasil Império<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">A Proposta Política dos Novos Liberais na Crise do Brasil Império e suas Manifestações<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Dentro da Literatura</span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nilvon Batista Brito (UFPI)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Antonia Claudia Rocha (UFPI)</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Considerando as relações existentes entre literatura e História e entendendo que a produção literária está intimamente ligada ao contexto sócio-historico, este trabalho propõe uma analise baseada na abordagem dialógica da literatura, defendida por William Roberto Cereja<sup>1 </sup>que afirma - fundamentado na teoria do dialogismo de <span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Bakhtin" title="Mikhail Bakhtin"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Mikhail Bakhtin</span></a><sup>2</sup> - </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“ser a abordagem historiográfica uma das formas de estudar literatura.” Assim entendemos que a literatura nos fornecerá subsidio para<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>compreender o movimento de efervescência cultural e política<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da geração de 1870 de modo particular as propostas políticas dos Novos Liberais<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>.Nessa perspectiva<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tomaremos como ponto de partida a crise do Império e a articulação de idéias que circulavam no período, para isso recorremos ao trabalho da <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ângela Alonso<sup>3</sup> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Idéias em movimento: a geração de 1870 na crise do Brasil Império</b>. A pesquisa de Alonso nos mostra que os intelectuais estavam divididos em grupos divergentes na forma de pensar, mas que existia em comum a critica ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">status quo </i>do império<i style="mso-bidi-font-style: normal;">. </i>Eram eles: os liberais republicanos, os novos liberais, os positivistas abolicionistas, os federalistas científicos paulistas e os federalistas positivistas. A nós, no limite desse trabalho nos interessa explicar as propostas políticas dos novos liberais dentro desse contexto e comparar com a literatura produzida na época. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">____________________</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">1.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;">Mestre em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_Liter%C3%A1ria" title="Teoria Literária"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Teoria Literária</span></a> pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_S%C3%A3o_Paulo" title="Universidade de São Paulo"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Universidade de São Paulo</span></a> (USP),.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;">2</span></b><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;">.<b> Dialogismo</b> é o que <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mikhail_Bakhtin" title="Mikhail Bakhtin"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Mikhail Bakhtin</span></a> define como o processo de interação entre <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Texto" title="Texto"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">textos</span></a> que ocorre na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Polifonia" title="Polifonia"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">polifonia</span></a>; tanto na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escrita" title="Escrita"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">escrita</span></a> como na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Leitura" title="Leitura"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">leitura</span></a>, o texto não é visto isoladamente, mas sim correlacionado com outros <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_do_discurso" title="Análise do discurso"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">discursos</span></a> similares e/ou próximos. Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ret%C3%B3rica" title="Retórica"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">retórica</span></a>, por exemplo, é mister <a href="http://pt.wiktionary.org/wiki/pt:Incluir" title="wikt:pt:Incluir"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">incluir</span></a> no discurso argumentos antagônicos para poder refutá-los.Dialogismo se da à partir da noção de recepção/compreensão de uma enunciação o qual constitui um território comum entre o locutor e o locutário. Pode se dizer que os interlocutores ao colocarem a linguagem em relação frente um a outro produzem um movimento dialógico</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 11pt;">3.</span></b><span style="font-size: 11pt;">.Graduada <personname productid="em Ci↑ncias Sociais" w:st="on">em Ciências Sociais</personname> (1990), mestre (1995) e doutora (2000) em Sociologia pela Universidade de São Paulo, é professora do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo, pesquisadora do Cebrap e do Development Research Centre on Citizenship, Participation and Accountability (Universidade de Sussex). Suas pesquisas e publicações focalizam a investigação das relações entre cultura e ação coletiva e os movimentos políticos e intelectuais.</span><span class="texto1"><b><span style="color: black; font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 11pt;">)</span></b></span><span class="texto1"><span lang="PT" style="color: black; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Para entendermos a posição política dos Novos Liberais e suas manifestações dentro da Literatura é preciso ressaltar as transformações econômicas, políticas, sociais<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">e culturais da segunda metade do século XIX: estruturação do capitalismo em moldes modernos e o surgimento de novos complexos industriais que culminou no aumento da massa operaria urbana formando uma população marginalizada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que não partilhava dos benefícios gerados pelo progresso industrial. No Brasil as mudanças também ocorrem no campo econômico e político-social , embora com profunda diferença materiais, se comparados as da Europa e outras partes do mundo. Em nosso país<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a monarquia vive uma progressiva decadência, avança a luta abolicionista e desde a Guerra do Paraguai<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>organiza-se um movimento republicano, principalmente entre os</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">militares. Tais acontecimentos no mundo e no Brasil servem de pano de fundo para uma nova interpretação da realidade e suscitam teorias de variadas posturas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ideológicas.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">A produção literaria dos novos liberais durante o imperio eram artigos divulgados na imprensa diaria, dentre outros temas podemos destacar a abolição, critica ao imperador e ao imperio tradicional. </span>Os Novos Liberais são dissidentes dos Liberais Conservadores, sendo os de maior destaque Rui Barbosa, André Rebouças e Joaquim Nabuco,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>esse ultimo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>escreveu o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>romance<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">O abolicionismo (1883)</i> onde aborda<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma reflexão do Brasil imperial<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e expressa os princípios do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>idealismo dos Novos liberais.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">De acordo com a pesquisa de Alonso o escritor Nabuco vai buscar argumentos para construir<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sua obra nas teorias cientificas de Charles Darwin,<sup>4 </sup><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e nas ideias de pensadores abolicionistas europeus e americanos. Esse repertorio de ideias vão compor o pensamento central da obra: “A sociedade escravista é <i style="mso-bidi-font-style: normal;">a falha</i> do sistema monarquico”. </span>Alonso nos aponta que o liberalismo contido na obra de Nabuco vem de uma posição negativa em relação a sociedade patrimonial e escravista muito mais que uma definição doutrinaria. A obra de Nabuco “era um livro-programa, que exprimia o ponto de vista de um grupo político emergente. Seu sentido precípuo é de critica à </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">____________________</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;">4.</span></b><span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-ansi-language: PT;"> Propós uma teoria para explicar como a evolução se dá por meio da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sele%C3%A7%C3%A3o_natural" title="Seleção natural"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">seleção natural</span></a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sele%C3%A7%C3%A3o_sexual" title="Seleção sexual"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">sexual</span></a>. Esta teoria se desenvolveu no que é agora considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia" title="Biologia"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Biologia</span></a>. Foi laureado com a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Medalha_Wollaston" title="Medalha Wollaston"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">medalha Wollaston</span></a> concedida pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Geol%C3%B3gica_de_Londres" title="Sociedade Geológica de Londres"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Sociedade Geológica de Londres</span></a>, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1859" title="1859"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">1859</span></a>.</span><span lang="PT" style="font-size: 10pt;"> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">dominação saquarema”. (p.189) Dessa forma o autor apresenta em seu livro as tradições do liberalismo nacional e não a teoria liberal européia. Ele não vai aplicar uma teoria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ou aderir a um sistema doutrinário , mas sim fazer uma construção de um quadro de decadência da sociedade imperial .O discurso do livro, estar centrado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no cruzamento de elementos da tradição imperial<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com teorias da política cientifica do século XIX. Nabuco vai buscar apoio na tese sociológica dos estágios de Civilização<sup>5</sup> , essas eram as idéias cientificas em voga<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos anos 80 daquele século. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No entanto os novos</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">liberais seguiam em uma linha contraditória ao que se fazia na época: não pregando o liberalismo inglês que era adotado pela tradição imperial, manifestando assim o seu repudio ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">statu quo</i> do segundo reinado.<span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Ao passo em que rompe com o Império Brasileiro<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nutre forte admiração pela cultura e pela política do império romana, assumindo assim o ideal monárquico do grupo, apesar de romper com o modelo histórico do segundo reinado oficializado pelo IHGB<sup>6</sup><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que escreveu a historia segundo o modelo positivista onde os acontecimentos políticos são absorvidos com evidência. Nabuco, principal represente desse pensamento liberal renovado, passa a trabalhar a historia do Brasil a partir da evolução econômica brasileira. Essas idéias<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>são sustentada no pensamento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do alemão Theodor </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">________________________</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 11pt;">5) Primeiro Estagios teológico</span></b><span style="font-size: 11pt;">.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o homem viveria em um estado de aculturação ainda incipiente, que justificaria sua íntima ligação com a divindade. Deus seria o regente da vida social, e o homem a ele diretamente vinculado, fosse por meio da relação direta ou pela mediação do Estado teocrático.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Segundo Estagio</b>, foi denominado de metafísico. Nesse estado, os dogmas da fé anterior seriam questionados profundamente. Se o estágio anterior definia-se por ordem, este, por ser de transição, revelava um sentido de progresso no percurso da civilização humana..<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Terceiro Estagio</b>, o positivo, ponto de chegada histórico ao qual o espírito humano havia, naturalmente, sempre aspirado. O homem, partindo de uma concepção antropocêntrica, se colocaria na condição de regente da vida social. Conferindo-lhe uma unidade lógica voltada para a explicação racional dos fenômenos naturais ( OLIVEIRA)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 11pt;">6)</span></b><span style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;"> <span lang="PT" style="color: black;">O <b>Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro</b> (<b>IHGB</b>), fundado a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/21_de_outubro" title="21 de outubro"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">21 de outubro</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1838" title="1838"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">1838</span></a>, é a mais antiga e tradicional entidade de fomento da pesquisa e preservação histórico-geográfica, cultural e de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_Sociais" title="Ciências Sociais"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Ciências Sociais</span></a> do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil" title="Brasil"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Brasil</span></a>.A sua criação, juntamente com o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquivo_Nacional" title="Arquivo Nacional"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Arquivo Público do Império</span></a>, que se somavam à <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_Imperial_de_Belas_Artes" title="Academia Imperial de Belas Artes"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Academia Imperial de Belas Artes</span></a>, integrou o esforço dos conservadores (Regência de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_de_Ara%C3%BAjo_Lima" title="Pedro de Araújo Lima"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Pedro de Araújo Lima</span></a>), para a construção de um Estado imperial centralizado e forte.</span></span><span lang="PT" style="font-size: 11pt;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;"></span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Mommsen<sup>7</sup> (1817 – 1903) onde Nabuco vai buscar também argumentos para as idéias abolicionista. A geração 1870 parece não querer romper os laços com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a monarquia, apesar de ser adeptos da política cientifica<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>moderna ainda existiam laços fortes de uma cultura colonial . Nesse sentido os novos liberais vão buscar apoio no escritor português Joaquim Pedro de Oliveira<sup>8</sup><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(1845 – 1894)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que pregava o sebastianismo,como caminho para a restauração de um grande império.Esse autor<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nutria ainda uma simpatia pelo socialismo, porem a sua convicção era a monarquia.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Aceita a miscigenação como forma de evitar conflitos raciais, já que todos tem um pouco da cor negra,sendo assim<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>existe uma possibilidade de mobilidade social não aceitando uma sociedade estamental. A estrutura social construída<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em base escravista seria o responsável pela “rebaixamento do caráter brasileiro”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(p.195) e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>empecilho<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para o crescimento econômico da colônia impedindo de surgir um mercado livre, surgimento</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">de industrias e a vinda de imigrantes. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Os novos liberais aspiravam uma centralização do poder político para manter a ordem nacional e modernizar a economia do país. veem o Brasil inserido na América, no entanto não admiram o modelo republicano.<span style="color: black; mso-ansi-language: PT;"> <span lang="PT">É importante ressaltar que o conceito de “Liberal” para os novos liberias<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estava intimamente ligado apenas a limitação de intervenção estatal na sociedade ou seja o estado não deveria participar da economia mas garantir seu funcionamento”(p.200). Os novos liberais separavam a “questão social” e a questão politica, fazendo assim uma releitura da monarquia, sugerindo uma sociedade livre da mão-de-obra escrava mas apoiada em um sistema monarquico legitimado. Com base nessa ideia, as manifestações literarias dos novos liberais não combatiam o estado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">______________________</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 11pt;">7) </span></b><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;">Christian Matthias <b>Theodor Mommsen</b> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Garding" title="Garding"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Garding</span></a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/30_de_Novembro" title="30 de Novembro"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">30 de Novembro</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1817" title="1817"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1817</span></a> — <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Charlottenburg&action=edit&redlink=1" title="Charlottenburg (página não existe)"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Charlottenburg</span></a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Novembro" title="1 de Novembro"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1 de Novembro</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1903" title="1903"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1903</span></a>) foi um historiador alemão.É considerado um dos maiores especialista em história da Antigüidade Latina de todos os tempos, e muitos dos seus escritos e compilações de documentos ainda hoje conservam uma importância capital.Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1902" title="1902"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1902</span></a>, foi agraciado com o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Nobel_de_Literatura" title="Prémio Nobel de Literatura"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Prémio Nobel de Literatura</span></a>, pela sua <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Roma" title="História de Roma"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">História de Roma</span></a></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;">.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">8)</b></span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 11pt;">)</span></b><b><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;"> Joaquim Pedro de Oliveira Martins</span></b><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;"> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa" title="Lisboa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Lisboa</span></a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/30_de_Abril" title="30 de Abril"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">30 de Abril</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1845" title="1845"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1845</span></a> — <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa" title="Lisboa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Lisboa</span></a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/24_de_Agosto" title="24 de Agosto"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">24 de Agosto</span></a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1894" title="1894"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">1894</span></a>) foi um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica" title="Política"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">político</span></a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncias_sociais" title="Ciências sociais"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">cientista social</span></a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal" title="Portugal"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">português</span></a>.Oliveira Martins é uma das figuras-chave da história portuguesa contemporânea. As suas obras marcaram sucessivas gerações de portugueses, tendo influenciado vários escritores do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX" title="Século XX"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">século XX</span></a>, como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_S%C3%A9rgio" title="António Sérgio"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">António Sérgio</span></a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Louren%C3%A7o" title="Eduardo Lourenço"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Eduardo Lourenço</span></a> ou <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Sardinha" title="António Sardinha"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">António Sardinha</span></a></span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">monarquico, mas a forma de organização social da monarquia naquele periodo. </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Defendem sobretudo uma monarquia constitucional onde não haja escravos. A principal luta dos novos liberais é contra essa contradição do liberalismo imperial brasileiro: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">a escravidão</b>. È contra ela que os novos Liberais vão apontar a sua artilharia literária.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A literatura produzida no Brasil a partir de 1870 é classificada <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como uma literatura realista, naturalista e objetiva, preocupada com os fatos do presente. Os autores desse período apresentam-se como antimonarquistas, assumindo uma defesa clara do ideal republicano. São anticlericais e negam a burguesia a partir da célula mãe da sociedade – a família, alem de defenderem a abolição dos escravos . Assim, é comum encontrarmos nessa época obras que apontam o pai traído, a mãe adultera e o amante. Alem de padres corruptos e hipocrisia das beatas, assim como negros injustiçados.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Dentro dos temas mais discutidos citados anteriormente e entre as obras literárias produzidas nesse período e aqui analisadas podemos destacar dois autores mais significativos e suas respectivas obras: Aluisio Azevedo escreve dentre outras obras “O mulato”, “O cortiço” e “Casa de Pensão” onde se percebe a preocupação com a posição do negro e demais classes marginalizadas da sociedade, alem da critica ao conservadorismo e ao clero e a defesa do ideal republicano. Em “Casa de Pensão” Azevedo ao descrever os tipos que habitam a pensão já decadente de Mme. Brizard faz um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>espelha da sociedade decadente desse período:</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt 70.8pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 70.8pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">“Quase todos eles tem na sua vida um fato, uma época, uma coisa extraordinária, para contar: um, apresenta a honra de lhe haver morrido nos braços <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de tal homem celebre; outro, diz que foi amante da senhora condessa de tal; outro, afiança e jura ser o verdadeiro, se bem que obscuro, promotor de tal acontecimento histórico; outro, revela um romance de amor que lhe cortou a carreira, mas que o imortalizara em vento a luz da publicidade; outro confia numa invenção, ‘é o seu segredo’, um projeto mecânico, ou industrial ou econômico-político; outro, não aceita emprego nenhum do atual governo , e espera a ocasião de ‘pegar numa espingarda e fuzilar as velhas instituições de seu miserando pais’; outro, enfim, (e são os menos raros) tem apenas para exibir em honra própria a circunstancia de algum parentesco ilustre.” (AZEVEDO, p.163)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Machado de Assis<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em sua fase denominada realista ou realismo psicológico <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></b>escreve “Memórias Póstumas de Brás Cubas” “Quincas Borba” e “Dom Casmurro”, na primeira obra veremos a narrativa de um defunto-autor, esse artifício deixa o autor livre de satisfação e o permite pintar a própria vida e dos personagens ao seu redor.Em Quincas Borba podemos observar criticas ao capitalismo selvagem que leva o homem bom e honesto a loucura e miséria absoluta. Já <personname productid="em Dom Casmurro" w:st="on">em Dom Casmurro</personname> nos leva ao julgamento de um provável adultério que serve de pano de fundo para a analise de perfis psicológico e comportamental de sujeitos sociais.<span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"> </span>O recurso que ele utiliza para discutir a sociedade é a abordagem, em profundidade, da individualidade e do caráter dos personagens. No prólogo de Memórias Póstumas de Brás Cubas o personagem narrador <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>adverte:</div><div style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">“[...] Escrevi-a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual, ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.. ( ASSIS, p.8 )</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Diante das temáticas abordadas nas obras literárias aqui analisadas, percebemos não só a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>atividade artístico-cultural mas, uma preocupação política e social em relação ao contexto vivenciado na época, assim como o uso dessas obras pelo seus autores para expressar a indignação diante dos fatos e seu pensamento sobre a sociedade imperial escravista, como também o uso de argumentos cientificista e determinista, considerando que as ações humanas são produtos de leis naturais. Nesses pontos estão as similaridades com a pesquisa de Ângela Alonso. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O que vai diferenciar é os ideais republicanos dos escritores realistas, que não confere com a preocupação do grupo dos novos liberais que pregavam uma sociedade sobre o comando de uma monarquia constitucional.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Referências </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">ALONSO, Angela. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ideias em Movimento: </b>a Geração 1870 na Crise do Imperio. São Paulo: paz e terra, 2002.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">ASSIS, Machado de. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Memórias Póstumas de Bras Cubas.</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="mso-bidi-font-style: italic;">Obra Completa, de Machado de Assi<i>s</i></span>, vol. I, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">AZEVEDO, Aluisio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Casa de Pensão</b>. São Paulo: Editora àtica,serie Bom Livro,1977.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">CEREJA,Willian Roberto. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ensino de literatura: </b>uma proposta dialogica para o trabalho com literartura<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">.</b> São Paulo:atual, 2005.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="letter-spacing: 0.05pt;">OLIVEIRA, Pérsio Santos de, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Introdução a sociologia</b>. São Paulo: Editora Ática 16º Ed. 1996</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;">TERRA E NICOLA, Ernani/José de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">. Gramatica e Literatura.</b> São Paulo:scipione,2000/ coleção novo tempo.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Consulta em endereços eletrônicos na internet</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>-Biografia de </span>William Roberto Cereja. Consulta realizada no dia 20/04/2009 no endereço: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span lang="PT" style="color: black; mso-ansi-language: PT;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Hist%C3%B3rico_e_Geogr%C3%A1fico"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Hist%C3%B3rico_e_Geogr%C3%A1fico</span></a></span><span style="color: black;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span class="texto1"><span style="color: black; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">- Biografia de Ângela Alonso.</span></span> Consulta realizada no dia 20/04/2009 no endereço:<span class="texto1"><span style="color: black; font-size: 8.5pt; line-height: 150%;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span class="texto1"><span style="color: black; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span><span class="texto1"><span style="color: black; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-weight: bold;">http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4728832P1)</span></span><span class="texto1"><span lang="PT" style="color: black; font-size: 8.5pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"></span></span></div><div class="titulo" style="margin: auto 0cm;"><span style="color: black; font-size: 12pt;">- Dados sobre Charles Darwin.</span><span style="color: #666666; font-size: medium;"> </span><span style="color: windowtext; font-size: 12pt;">Consulta realizada no dia 20/04/2009 no endereço</span><span style="font-size: 12pt;"><span style="color: #666666;">: </span></span><span style="color: black; font-size: 12pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span lang="PT" style="color: black; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin</span><span style="color: black; font-size: 12pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;">- Dados sobre Theodor Mommsen.</span> Consulta realizada no dia 20/04/2009 no endereço: <span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_Mommsen"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodor_Mommsen</span></a></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;">-Dados sobre Joaquim Pedro de Oliveira Martins.</span> Consulta realizada no dia 20/04/2009 no endereço:<span style="color: black;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Pedro_de_Oliveira_Martins"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Pedro_de_Oliveira_Martins</span></a>)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">- Dados sobre o IBGH. Consulta realizada em 20/04/2009:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">(</span><span lang="PT" style="color: black; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Hist%C3%B3rico_e_Geogr%C3%A1fico_Brasileiro</span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: black;">- Dados referentes ao dialogismo. Consulta realizada no dia 02/07/2009</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dialogismo"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">http://pt.wikipedia.org/wiki/Dialogismo</span></a> </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-842264134259539059.post-78893161804752934612011-04-17T13:48:00.001-07:002011-04-17T13:48:39.697-07:00Manifestações contraculturais<div align="center" class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">MANIFESTAÇÕES DA CONTRACULTURA EM PICOS NOS ANOS 1960/70</span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span style="font-size: 11.5pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nilvon Batista de Sousa Brito (UFPI)*</span></b></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black;">Resumo</span></b><span style="color: black;">: O objetivo desse artigo é realizar uma pesquisa bibliográfica sobre os movimentos de contracultura nos anos 1960/70 ocorridos no mundo e no Brasil e de que forma esse comportamento da juventude repercutiu na cidade de Picos. Usaremos como fonte para a investigação do período a literatura. O estudo tem uma fundamentação teórica na abordagem da Nova História Cultural, onde o diálogo entre as disciplinas Literatura e História é um fazer historiográfico presumível.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="color: black;"> </span><b>Palavras chave:</b><span style="mso-bidi-font-weight: bold;"> Representação – Arte - <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Contestação -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Contracultura</span><span style="color: black;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Nos anos 60 do século XX a juventude em várias partes do mundo segue um rumo contrário a ordem social. A partir das manifestações estudantis de Paris em maio de 1968 seguir os padrões ditos “normais” pela sociedade ocidental, não fazia mais sentido, a disseminação da contracultura ganhou o mundo e chegou ao Brasil. <span style="color: black;">Mas o que inquietava os jovens brasileiros em 1968 fazendo com que contestassem? A ditadura militar instalada <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quatro anos antes, cerceava a liberdade, oferecia um sistema educacional de péssima qualidade e em quantidade tênue. A repressão política e social aliada aos acontecimentos internacionais favoreceu o surgimento dos movimentos estudantis no Brasil. A reação a morte do estudante Edson Luis Lima Sousa, morto no Rio Janeiro<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no dia 28 de março de 1968 quando participava de uma manifestação contra a má qualidade do ensino, é uma mostra da organização dos jovens brasileiros contra o sistema repressor, sinalizando um endurecimento da luta para ambos os lados. A culminância das manifestações se deu com a “Passeata dos Cem Mil” no Rio de Janeiro. A inquietação dos jovens estudantes atingia: trabalhadores que afrontavam o regime com greves; a igreja começava a se manifestar na defesa dos direitos humanos e os artistas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e intelectuais<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ofereciam suas indignações através de suas obras de arte: o Cinema Novo, o Grupo Opinião e a Tropicália tornavam-se o principal meio de disseminação das idéias contra a ditadura militar no Brasil. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">______________________<span style="color: black;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;">* Acadêmico do 8° período de Licenciatura em História na UFPI – PI</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesse período na cidade de Picos quatro garotos cabeludos com roupas estranhas montram uma banda de Rock chamada Os Rebeldes onde os Beatles e os Rollings Stones eram referências estéticas e musicais. Qual seria a analogia dessa atitude com os movimentos de contracultura que naquele instante abriga uma grande parte da juventude em todo o mundo cooptada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pelos ideais de liberdade? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A atitude de montar uma banda de rock no interior do Piauí tinha o mesmo significa que num<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>grande centro do Brasil ou do mundo? </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Na tentativa de elucidar essas questões fomos buscar apoio na literatura, entendendo que a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>interdisciplinaridade da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>História com outras ciências humanas é presumível desde a revolução dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Annales</i>. O dialogo entre a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>História e a Literatura, se tornou mais em voga com os teóricos da História Cultural que entendem essa relação do ponto de vista epistemológico onde há uma aproximação e um distanciamento entre as duas disciplinas: ambas reportam o mundo e “são formas de explicar o presente, inventar o passado e imaginar o futuro”. O distanciamento se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dar na configuração do tempo: enquanto a história tem uma preocupação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de se aproximar do real a literatura se entrega a imaginação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(PESAVENTO, p. 80 -81). Sobre esse aspecto da representação buscaremos na abordagem das representações sociais, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que foi inicialmente teorizado<span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> pelo psicólogo social europeu Serge<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Moscovici, uma aproximação com o passado:</span></div><div style="margin-left: 141.6pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT;">As representações que nós fabricamos – duma teoria científica, de uma nação, de um objeto, etc – são sempre o resultado de um esforço constante de tornar <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>real algo que é incomum (não-familiar), ou que nos dá um sentimento de não-familiaridade. E através delas nós superamos o problema e o integramos em nosso mundo mental e físico, que é, com isso, enriquecido e transformado. Depois de uma série de ajustamentos, o que estava longe, parece ao alcance de nossa mão; o que era abstrato torna-se concreto e quase normal (...) as imagens e idéias com as quais nós compreendemos o não-usual apenas trazem-nos de volta ao que nós já conhecíamos e com o qual já estávamos familiarizados (Moscovici, 2007,p.58)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Dessa forma, buscaremos na literatura essa familiaridade com o recorte histórico do período da década de sessenta <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com o objetivo de entender como se deu essas manifestações de contracultura na cidade de Picos. Nessa perspectiva<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tomaremos como ponto de partida a obra literária de Gilson Chagas “Música para Pensar”. A obra nos aponta dois fatos que podem estar ligados ao movimento de contestação: a existência de uma banda de rock chamada Os Rebeldes, formada no final dos anos 60 na cidade de Picos e um grupo de estudantes que se reuniam para discutir e produzir literatura nos fundos de um armazém, resultando dessa afluência<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um livro de poesia; ”Curvas do meu Caminho” e um jornal estudantil; “O Brado Estudantil”<sup>1</sup> . <b><span style="font-size: 11.5pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black;">Nesse período, segundo Castelo Branco (2005), existia um envolvimento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>incondicional dos jovens com a arte. A obra de arte no movimento de contracultura, é mais que um objeto de consumo, ela não se encerra no momento em que se fecha o livro ou que terminar de escutar o disco, ela encontra no receptor uma continuação do seu propósito: “Neste período, quem ouve uma música, lê um romance ou aprecia um quadro, na maioria das vezes está sendo desafiado a participar numa crescente escala </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="color: black;">sensorial, emprestando seu corpo, seu ‘eu’ como requisito construtivo da obra de arte.” (CASTELO BRANCO p.17) </span>Mas o que foi mesmo a contracultura? </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Antes de pesquisar sobre a existência de movimentos de contracultura em Picos faz-se necessária uma reflexão a cerca do termo e do movimento de contracultura disseminados no<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mundo, onde surgiu e quais as suas conseqüências. Para isso fomos buscar no livro <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O que é Contracultura</b> de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carlos A.M Pereira uma discussão a cerca do termo contracultura.<span style="color: black;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Assim, nessa obra<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o movimento é apresentado como uma revolução contra os costumes tradicionais, onde novos valores<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>são assimilados entre os jovens, “ cabelos longos, roupas coloridas, misticismos, um tipo de música, drogas e assim por diante”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Por<span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> </span>meio de um comportamento rebelde e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>individual começava-se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a desenhar “contornos de um movimento social de caráter fortemente libertário”(PEREIRA, 1988 p.8). Para Pereira a união entre arte e comportamento era uma característica intrínseca<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do movimento de contracultura , de uma maneira mais particular<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a música, e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de forma mais intimo, ainda, ao rock and roll, essa era a principal arma dessa revolução: questionar tudo que era considerado normal por meio da arte e do próprio corpo. ”(PEREIRA, 1988<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p.9).<span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">_________________</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt;">1. Não foi encontrado nenhum exemplar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do “O Brado Estudantil” após pesquisar acervos e arquivos pessoais de colecionadores de jornais e revistas da cidade de Picos. Por email, Adalberto Lima, um dos articulistas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do jornal nos informou que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o último exemplar foi extraviado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quando exposto em um<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>evento de literatura.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essa revolução teve como movimento precursor <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a Geração Beat dos anos 50 onde o poema “Howl”<sup>2</sup> de Allen Ginsberg instigava a juventude a se rebelar, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nascendo assim um movimento que irá se desenrolar e alcançar o auge na década seguinte. No entanto, nesse momento não existe no movimento nenhuma conotação política,no sentido de organização partidária, apenas atitudes rebeldes contra a família e a escola,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nascendo assim uma oposição entre o mundo adulto e o juvenil<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">.</b> Nos anos sessenta os<span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beatles, Bob Dylan e Rolling Stones</i><span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span>desempenharam um papel fundamental para o crescente número de adeptos dessa revolução dos costumes. Assim como os grandes festivais de rock: montrey, 1967, woodstock em 1969 e Altamont<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vão ser responsáveis pela massificação do movimento. O público desses festivais era constituído basicamente por<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>hippies com suas manifestações de paz e amor. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A politização da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>contracultura acontece com a mudança de atitude dos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>hippies, que antes se limitava a se vestir diferente e a máxima politização era a passeata pela paz, agora surge o Partido Internacional da Juventude popularizando a figura transformada do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hippie</i> em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">yippie,</i> uma espécie de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hippie</i> politizado. Uma representação dessa transformação seria o maio de 1968 com a revolta dos estudantes na França. Esse ano ficou marcado pela radicalização dos posicionamentos políticos, a contracultura chega assim a um nível de contestação social <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>impossível de ser ignorada pela sociedade <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tradicional. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Sobre o termo contracultura Pereira<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vai buscar nos depoimentos de Luis Carlos Maciel, articulista de vários jornais <i style="mso-bidi-font-style: normal;">underground </i>na década de 70 e autor de vários livros sobre o tema, algumas pistas importantes para o entendimento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do vocábulo:</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">É um termo adequado porque uma das características básicas do fenômeno é o fato de se opor, de diferentes maneiras, a cultura vigente e oficializada pelas principais instituições das sociedades do Ocidente.Contracultura é a cultura marginal, independente do reconhecimento oficial. No sentido universitário do termo é uma anticultura. Obedece a instintos desclassificados nos quadros acadêmicos. (PEREIRA, 1988 <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>p<span style="color: maroon;">.</span>11)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">________________</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span style="color: black; font-size: 10pt;">2."Howl</span></b><span style="color: black; font-size: 10pt;"> é um poema escrito por </span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Allen_Ginsberg&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhiFmmeooLnYFOpHGIXzAwtSaUhxWg" title="Allen Ginsberg"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">Allen Ginsberg,</span></a></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"> como parte da sua coleção de poesia intitulado 1956 </span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Howl_and_Other_Poems&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhh7vQVsHC3ZTsuAUTL-uUYcawpjkQ" title="Howl e Outros Poemas"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-style: italic;">Howl e Outros Poemas.</span></a></span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt;"> </span><span class="google-src-text1"><span style="color: black; font-size: 10pt;">The poem is considered to be one of the principal works of the </span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Beat_Generation&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhgzDDdhtO5oegooUU5cwBQY9v9IHQ" title="Beat Generation"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">Beat Generation</span></a></span></span><span class="google-src-text1"><span style="color: black; font-size: 10pt;"> along with </span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Jack_Kerouac&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhhyT9DQdSM8S6WJOPLbd8sJGuA5IQ" title="Jack Kerouac"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">Jack Kerouac</span></a></span></span><span class="google-src-text1"><span style="color: black; font-size: 10pt;"> 's </span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/On_the_Road&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhgx0vnBxHFex_BtWcmFwvXv4ZvvuQ" title="On the Road"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-style: italic;">On the Road</span></a></span></span><span class="google-src-text1"><span style="color: black; font-size: 10pt;"> (1957) and </span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/William_S._Burroughs&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhiQm-hw43T4xo6rwpr8AOdoeWk-mg" title="William S. Burroughs"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">William S. Burroughs's</span></a></span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt;"> </span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Naked_Lunch&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhjVtjWjcNIBIOwBjkz1S15N0Nkgvw" title="Naked Lunch"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-style: italic;">Naked Lunch</span></a></span></span><span class="google-src-text1"><span style="color: black; font-size: 10pt;"> (1959).</span></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"> O poema é considerado uma das principais obras da </span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Beat_Generation&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhgzDDdhtO5oegooUU5cwBQY9v9IHQ" title="Beat Generation"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">Beat Generation,</span></a></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"> juntamente com </span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Jack_Kerouac&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhhyT9DQdSM8S6WJOPLbd8sJGuA5IQ" title="Jack Kerouac"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">Jack Kerouac</span></a></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"> 's </span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/On_the_Road&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhgx0vnBxHFex_BtWcmFwvXv4ZvvuQ" title="On the Road"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-style: italic;">On the Road</span></a></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"> (1957) e </span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/William_S._Burroughs&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhiQm-hw43T4xo6rwpr8AOdoeWk-mg" title="William S. Burroughs"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">William S. Burroughs' s</span></a></span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt;"> </span><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Naked_Lunch&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhjVtjWjcNIBIOwBjkz1S15N0Nkgvw" title="Naked Lunch"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-style: italic;">Naked Lunch</span></a></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"> (1959). <span class="google-src-text1">"Howl" was originally written as a performance piece, but it was later published by poet </span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Lawrence_Ferlinghetti&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhhDAlTpC0Rpkg0dUdsFSmmDJ9_Wow" title="Lawrence Ferlinghetti"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">Lawrence Ferlinghetti</span></a></span></span><span class="google-src-text1"><span style="color: black; font-size: 10pt;"> of </span></span><span class="google-src-text1"><span lang="EN" style="color: black; font-size: 10pt; mso-ansi-language: EN;"><a href="http://74.125.93.132/translate_c?hl=pt-BR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/City_Lights_Books&prev=/search%3Fq%3Dhowl%26hl%3Dpt-BR&rurl=translate.google.com.br&usg=ALkJrhgWgJnz48Y1reGp_1i3QnYnhBd_QQ" title="City Lights Books"><span lang="PT-BR" style="color: black; mso-ansi-language: PT-BR;">City Lights Books</span></a></span></span><span class="google-src-text1"><span style="color: black; font-size: 10pt;"> .</span></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A cultura é para Maciel, resultado de ações tanto objetivas como subjetivas vindas de diferentes elementos em tempo e espaço distintos e possíveis de ser interpretada. . Assim a analise da cultura tradicional<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>levou a descoberta de doenças que contaminam o homem. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Em Marx essa doença chama-se “alienação” resultado da exploração econômica<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e em Freud “neurose” , fruto da repressão dos instintos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A não aceitação<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da cultura<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>doente e o desejo juvenil de uma vida “saudável” que se oponha a essa sociedade do <span style="color: red; font-family: "inherit", "serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-family: "inherit", "serif";">stablishment</span> levou ao surgimento da contracultura. Assim <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o termo contracultura pode designar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“o conjunto de movimentos de rebelião da juventude”( Idem, p14-20) desencantada e rebelada que marcou os anos sessenta:</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">O movimento hippie, a música rock, uma certa movimentação nas universidades,viagens de mochila, drogas, orientalismo e assim por diante.e tudo isso levado a frente com um<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>forte espírito de contestação, insatisfação, de experiência, de busca de uma outra realidade, de um outro modo de vida trata-se,então de um fenômeno datado e situado historicamente e que, embora muito próximo de nós, já faz parte do passado. (PEREIRA, 1988, p.20)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">De acordo com<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pereira<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>termo pode ser empregado também de forma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>abstrata quando se refere a representações de uma vontade, de um espírito de contestação. Empregado dessa forma o termo não se associa a uma temporalidade podendo ser usado sempre que aconteça uma situação de oposição a uma ordem vigente.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Assim, após discutir o significado do termo contracultura podemos buscar uma outra visão do assunto no livro<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Todos os Dias de Paupéria,</b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de Edwar Castelo Branco intitulado com muita propriedade de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Deslumbramento e Susto: maravilhas tecnológicas, captura social e fuga identitária<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos anos sessenta”,</b> aqui uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>analise<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>contextual<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sobre o período em questão que vai nos ajudar a entender aquele momento de agitação cultural. Nesse capítulo são apontadas as inovações tecnológicas e as diferentes maneiras de percepção dessas inovações como o fator fundamental<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que levará a juventude a questionar a sociedade estabelecida. Esses conflitos serão responsáveis pela subjetivação dos personagens que viveram aquele período, ou seja, as várias maneiras de perceber -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aceitar ou não -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as inovações tecnológicas. Esse conflito é abordado como fator primordial da mudança no panorama cultural. “As inovações tecnológicas mudavam o ritmo de vida das pessoas e isso era percebido pela subjetivação dessas mudanças refletidas de modo especial nas artes por meio dos signos” ( CASTELO BRANCO, 2005. p.55)</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Muitos ao não aceitarem esse sistema, passam a viver uma vida paralela, em desacordo a ordem mundial industrializada e passam a viver no subterrâneo, ou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">underground</i>, os hippie foram a expressão máxima desse pensamento de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cair fora do sistema e criam uma vida voltada para a natureza, para a paz e o amor. Sair pelo mundo de mochilas nas costas, virar as costas para um mundo do qual não concordavam e não vislumbravam oportunidades de mudanças, essa parecia ser a saída mais próxima e plausível. A juventude ao se entregar ao desbunde parecia estar a procura de novos significado para o mundo. Por outro lado, existia a juventude engajada nos movimentos estudantil da UNE que preferiam contestar os costumes de forma tradicional, ou seja, por meio da política. São duas maneiras diferentes de se posicionar contra os antigos valores. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Os anos sessenta vêem emergir a filosofia do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">drop out</i>, cuja maior expressão será o movimento hippie, mas ao mesmo tempo, por outro lado, vastos setores jovens se propõem nas mais diferentes regiões do planeta, a participar do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">drop in </i>da política mundial<i style="mso-bidi-font-style: normal;">.</i>”<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>(CASTELO BRANCO, 2005 p.66) </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Para Castelo Branco destacar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>as diferentes maneiras<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de perceber as “maravilhas tecnológicas” no Brasil, seria<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma tarefa complexa, isso por existir um abismo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entre os grandes centros<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>urbanos e as pequenas cidades, ou seja,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“o mundo rural, ainda<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>relativamente privado destas inovações”. São, pois, os citadinos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os primeiros<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a perceber essa mudança , a entender que existe algo novo no<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ar e que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>essas novidades afetaram suas vidas. Assim os sujeitos se posicionaram a favor<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>das inovações enquanto outros<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>se manifestaram<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>contra. É dessa forma que a década de sessenta é mostrada na obra analisada, como “um momento de confronto entre o velho e o novo”, onde os sujeitos se<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>posicionam<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>radicalmente durante todo o período de forma dicotômica: esquerda e direita, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">underground</i> e<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> stablismen </i>e até mesmo<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>jovens e adultos. São posicionamentos provocados com a percepção da contradição<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do progresso e a consequente subjetivação dos indivíduos : </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ao se entranharem, novo e velho se conflitam. As pessoas que viveram a época misturam sentimentos de empolgação, susto, tristeza, euforia e estupefação diante das transformações que, naqueles anos, parecia dar-se em ritmo mais acelerado. A pavimentação asfáltica das cidades, a crescente popularização do uso de computadores pessoais, o planeta que se descobre em fotografias aeroespaciais com uma imagem nunca vista antes, a ponto de ser cantado com relativa estupefação, todo esse processo de mudança, tomado no conjunto, geraria uma crise existencial para pessoas que viveram na década de sessenta. E é dessa crise que emergirão novas identidades em nível individual e coletivo no Brasil e no mundo. (CASTELO BRANCO, 2005p.52)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Essas duas obras abordam a contracultura sobre aspectos diferentes. A primeira<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>apresenta uma abordagem conceitual, enquanto a segunda<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>traz uma visão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>analítica da questão. Contudo ambas nos apontam pistas para um estudo de um período onde a juventude se opõe <i style="mso-bidi-font-style: normal;">ao<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>status quo </i>da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ordem vigente que naquele instante passava por uma transformação radical. E na cidade de Picos, recorte espacial do nosso estudo, como se percebia esse momento histórico?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Em <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Música para Pensar (2009)</b>, o autor narra a história de Joca, um jovem interiorano que idealiza uma carreira musical em um grande centro urbano, e a amizade com Remedinha, uma jovem estudante recém chegada de Recife onde cursou Estudos Sociais e supostamente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>participou de movimentos políticos de esquerda. O livro recria o ambiente desse final de década de 60 e início de 70 em uma representação da vida cultural e social da cidade de Picos. Os lugares freqüentados pela juventude, a escola, os professores, nome de jornal estudantil os transporte e seus donos, a praça, alguns personagens e algumas situações políticas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entram na narrativa, segundo o próprio autor, como elementos agregados aos personagens como <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma forma de homenagear os colegas, como também<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um exercício de memória onde<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nostalgicamente ele recria o ambiente estudantil da época, <span style="color: black;">do</span> qual<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>foi personagem. Nessa obra, os Rebeldes <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aparece em um show ao lado de Jorge Petras, codinome artístico do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>personagem principal, em uma apresentação no Cine Spark como a novidade musical da cidade “que já tinha firmado nome na região e pouco a pouco ganhava cartaz até fora do estado” (CHAGAS, 2009 p.88). </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Enquanto o livro nos revela a dimensão da importância da banda no cenário artístico da época as<span style="font-family: "inherit", "serif";"> fotografias expostas abaixo, do acervo do vocalista Odorico Carvalho, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos revela<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>outro ponto de fundamental importância dentro da pesquisa, a presença dos signos da revolução juvenil na estética dos integrantes da banda: cabelos longos e roupas extravagantes, não obstante o próprio nome da banda<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>configura um signo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><stroke joinstyle="miter"></stroke><formulas><f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"></f><f eqn="sum @0 1 0"></f><f eqn="sum 0 0 @1"></f><f eqn="prod @2 1 2"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"></f><f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @0 0 1"></f><f eqn="prod @6 1 2"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"></f><f eqn="sum @8 21600 0"></f><f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"></f><f eqn="sum @10 21600 0"></f></formulas><path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f"></path><lock aspectratio="t" v:ext="edit"></lock></shapetype><shape id="_x0000_i1025" style="height: 180pt; width: 203.25pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png"></imagedata></shape><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><shape id="_x0000_i1026" style="height: 176.25pt; width: 159pt;" type="#_x0000_t75"><imagedata o:title="" src="file:///C:\DOCUME~1\NILVON\CONFIG~1\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image003.png"></imagedata></shape></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 8pt; line-height: 150%;">(Ilustração 1)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(Ilustração 2) </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Os Rebeldes eram esteticamente e musicalmente influenciado pelos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beatles e Rolling Stones</i>, como podemos ver pelas fotografias acima em dois momentos: na ilustração 1 sentados no palco do ginásio da CNEC na vizinha cidade de Santo Antonio de Lisboa momentos antes do show <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com os cabelos longos e roupas excêntricas em comunhão com a estética da época. Na ilustração 2 em um outro momento aparecem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com o visual no estilo dos Beatles, sentados no palco do Picoense clube na cidade de Picos. Segundo o vocalista Odorico Carvalho<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os integrantes da banda eram: o baterista Eudson,ao fundo;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Odorico Carvalho vocalista, primeiro a esquerda;<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o baixista Floriano, o guitarrista e vocalista Antonio Bineta. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black;">Na busca por signos</span> encontramos no <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>grupo de poetas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">underground</i>, outro símbolo da época, formado por Adalberto Lima, Ozildo Batista,<span style="font-size: 10pt; line-height: 150%;"> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span>Odaly Bezerra e o próprio Gilson Chagas entre outros<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aparece também em vários momentos no livro “Música para Pensar”:</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">[...]Assis Lima acolhe sempre bem todos os jovens amigos de Adalberto. E, dessa forma, reúne-se ali, [no armazém flor de lis] regulamente a autodenominada ‘sociedade dos poetas lisos’, com salvo conduto para fazer poesia. Só que eles exorbitam do direito, aproveitando os intervalos da concentração para fazer algazarra e disputar tocos de cigarro.”(p.66)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">[...] Tivesse ele sofrido algum apuro de maior monta, teria procurado, incontinenti, ou com aborrecida freqüência, o circulo intimo do Armazém Flor de Lis, autoproclamado, a época, Academia Picoense de Letras, nos momentos de circunspeção, ou sociedade dos poetas lisos, nos intervalos de autocríticas que tiravam das horas de folia. ( CHAGAS, 2009. p.106)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Esse grupo de poetas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">underground </i>é também citado por Gilson Chagas no prefácio do livro Senda de Flores e Espinho,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do escritor Adalberto Antonio de Lima, aqui um texto com conotação de reminiscência<span style="font-size: 11pt; line-height: 150%;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Nos idos de setenta e um, adolescentes ainda, eu ele e Odaly Bezerra, outro poeta de mão cheia, dividimos a direção, redação e vendagem do jornal “O Brado estudantil”, que tinha como base física, em Picos, o armazém Flor de Lis de seu irmão Assis Lima, e o colégio “Marcos Parente” como <span style="color: black;">mercado</span> principal. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">[...] captávamos patrocínio, redigíamos os editorais,editavamos as matérias dos colaboradores, supervisionávamos a impressão<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e vendíamos a tiragem no varejo, percorrendo a cidade, a pé, com os jornais na cabeça.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">O Brado, a despeito de uma estréia explosiva ( no âmbito do colégio) não conseguiu romper os muros da primeira edição. Faltou- nos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>paciência para esperar nova vaga <span style="color: black;">na<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pauta</span> da gráfica – de composição manual – que, nas madrugadas de folga, por um preço camarada, nos abrira suas prensas. A gráfica Picos tardava, mas não era de faltar. A próxima impressão sairia em um dos meses seguintes, provavelmente ainda no ano em curso, desde que as maquinas não nos pregassem uma peça, entrando em parafuso.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt 141.6pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt;">Precipitados, demos destinação nada nobre ao lucro obtido na primeira (e única) tiragem – já naquele tempo as farras eram pedregulho nas botas da mocidade. <span style="color: black;">. (CHAGAS in LIMA, 2008, p 7-8)</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Pela narrativa percebe-se o caráter <i style="mso-bidi-font-style: normal;">underground</i> do movimento: a reunião nos fundos de um armazém, as tarefas concentradas, a venda pelos próprios editores, os limites de circulação e o destino do lucro caracterizam bem e se assemelha a outros movimentos dessa mesma natureza que aconteciam no Brasil na mesma época e em outras partes do mundo. É nesse período que Gilson escreve o seu primeiro livro <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Curvas do meu Caminho”, que será <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>publicado somente em 1973. Abaixo trecho do poema “Areia Branca”</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-size: 11pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Fui mais longe e te confesso</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Que vi na pátria um exílio,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Meu nome não refletia,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Minha dor ninguém curava.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Mamãe não mais me velava,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Não era visto o meu pranto;</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Falava e ninguém me ouvia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Almas endurecidas, mãos subjugadas,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Corpos abatidos, rostos indiferentes,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Homens que negligenciam</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">A queda de seu irmão;</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Pobres vítimas poluídas</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Por uma ambição ingrata,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Que vendem voz e razão;</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Alma, honra e coração</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Por um punhado de prata.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Mundo diferente do que aqui existe,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Trajes diversos dos que aqui se vestem,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Vozes opostas às aqui se ouvem.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Vida diversa da que aqui se leva;</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Coisas opostas às que aqui se vêem,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Mais diferentes ainda eram as dores minhas</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Das leves dores que eu aqui sentia.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Um dia, areia branca,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Eu, teu filho, voltei transformado,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Os desenganos me rasgavam o peito,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">As esperanças não mais existiam,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">O pessimismo me desfalecia,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Objetivos não mais pretendia;</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">De mágoas e dores cheguei saciado.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Viver por viver foi meu prisma triste,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Meu coração petrificado e lânguido</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Já só sabia evocar meu drama;</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Mas eis que a jornada recomeço aos tombos,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">E na oscilação eu consumi mais dias,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Pois meu espírito, cansado</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">De provar novas sensações,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 108pt;"><span style="font-size: 11pt;">Caía exausto, e levantava após.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 22.95pt 0pt 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: 11pt;">(CHAGAS, 1973 p.85)</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Nesse poema o poeta expressa todo o seu pessimismo e desilusão por efeito de uma sociedade consumista e desumana, situação que transforma e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>endurece o sentimento do poeta. No retorno a sua terra natal confessa voltar convertido em um novo individuo. Porém, angustiado com o mundo moderno<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que um dia havia sonhado fazer parte e motivo pelo qual deixara sua pequena comunidade rural. No retorno tudo o que desejava era nunca ter saído dali.</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Podemos dizer com base na bibliografia estudada que a contracultura foi um movimento de contestação, que teve seu auge nos anos 60, que despertou a juventude para a construção de uma identidade própria e de uma auto-afirmação diante de um sistema massificante. Por meio da rebeldia buscavam construir uma sociedade alternativa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ao modelo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>então vigente, onde os valores impostos eram cobrados pela família e pela sociedade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>. Dessa tomada de consciência flui o pensamento de uma nova esquerda, inspirada pela juventude, que prega a revolução individual arregimentando através da arte jovens de todo o mundo. </div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Os signos que caracterizam esse recorte histórico do final dos anos sessenta: cabelos compridos, as roupas, as músicas, os movimentos estudantis, músicas, poesias marginal, cinema marginal, romance etc. por meio dos quais podemos estudar o período, estão presente<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>entre a juventude picoense do final dos anos 60, possíveis de ser identificados através da literatura, das fotografias e da memória dos sujeitos que viveram aqueles anos. Esses fatos nos leva <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a acreditar <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que houve uma captura e uma identificação dos comportamentos contraculturais por parte da juventude da cidade de Picos, apesar da cidade não fazer parte do perfil de cidades que passaram<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pela transformação tecnológica ,ou seja, cidades de porte grande com ritmo urbano intenso, configuração que possibilitou o surgimento desses movimentos em outros centros urbanos conforme nos aponta Castelo Branco ( 2005). A presença de uma banda de Rock com inspiração nos Beatles e Rolling Stones<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e um grupo de poetas<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> underground, </i>são indicativos que a cidade estava saindo de um mundo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>rural<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>absorvendo costumes de urbanidade onde as facilidades tecnológicas ganhavam espaço no imaginário coletivo? Como se deu essas manifestações e qual a dimensão e intensidade é uma<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>questão a ser trabalhada por meio de pesquisa cientifica<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>onde será possível estabelecer uma discussão em torno<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dessa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>problematização.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Referências Bibliográficas </span></b></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">CASTELO BRANCO, Edwar de Alencar. <b>Todos os dias de Paupéria</b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">:</b> Torquato Neto e a invenção da Tropicália. São Paulo: Annablume, 2005. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">CHAGAS, Gilson. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Música para Pensar</b>. Ipatinga: Saramandaia, 2009.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">______________ . <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Curvas do meu Caminho</b>. Picos: independente, 1973</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">LIMA, Adalberto Antonio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Senda de Flores e Espinhos</b>. Rio de Janeiro: Usina de Letras, 2008. </div><div style="text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">MOSCOVICI, Serge. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Representações Sociais</b>: investigações em psicologia social. Rio de Janeiro, Vozes, 2003.<span style="color: black;"></span></span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">PEREIRA, Carlos A.M. <b>O que é contracultura</b>. São Paulo: Brasiliense, 1988.</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">PESAVENTO, Sandra Jatahy<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">. História & História Cultural</b>. 2. ed. Belo Horizonte: autêntica, 2004.<span style="color: #3366ff;"></span></div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 150%;">Referências Bibliográficas de Apoio</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">BURKE, Peter. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A Escola dos Annales (1929-1989)</b>: A Revolução Francesa da Historiografia. Tradução Nilo Odalia. – São Paulo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>UNESP,1997</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="Default" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">Outras Fontes:</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;">-Informações sobre o poema “Howl”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(http://translate.google.com.br/translate (Acessado no dia 20/08/09)<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>Trabalhos de História da U.E. Antonio Serafimhttp://www.blogger.com/profile/00072720147161376082noreply@blogger.com0